Missão Internacional JRA Alentejo 2016 | Portel
Memórias

Primeiro Dia – 29 de Março

Bom dia de sol para visitar e conhecer as histórias de Aldeia da Luz, região submersa devido à construção da barragem de Alqueva, levando ao descontentamento da população. O impacto que este projeto teve para com a sua pacata aldeia levou a que a mesma fosse destruída para a construção da barragem, logo as pessoas perderam as suas casas, os seus terrenos!

Gostei imenso de visitar a aldeia da luz, apesar de já conhecer a sua história. Também já tinha visitado o museu da luz. Foi muito interessante.

A guia contou a história da antiga aldeia submersa. A maior parte da história não sabia, mas foi interessante saber. Desta forma, sei os impactos que a demolição da aldeia trouxe à população. A Presidente da Junta mencionou que população ainda não se conformou totalmente com essa intervenção.

No entanto, existem bons aspetos, relativamente à demolição: os habitantes ficam com casas mais espaçosas, mais modernas, por outras palavras, melhores condições de vida. Por outro lado, as ruas só tem passeios de um dos lados e as instalações de esgotos apresentam lacunas.  A Junta de Freguesia, juntamente com a própria população, tentam ainda redimir os estragos causados pela mesma construção.

Surpreendentemente, face a estes inúmeros problemas, os habitantes locais não batalharam o suficiente para impedir que a barragem colocasse em risco a sua aldeia.

GRUPO 1 : Pedro Charrua, Inês Matos, Maria Carreira, Manuel Farias


Segundo Dia – 30 de Março

Hoje, dia 30 de março, quarta-feira, visitámos, pelas dez horas, a Empresa de Desenvolvimento e Infra estruturas do Alqueva (EDIA), empresa responsável pela manutenção das infraestruturas do Alqueva onde ouvimos opiniões demasiado positivas para a realidade em questão na minha opinião, até irreais, tendo em conta a realidade. No fim da palestra, assistimos a um vídeo com as infraestruturas construídas para satisfazer as necessidades da barragem.

Na minha opinião, os representantes da empresa mostraram apenas os dados mais positivos da construção da barragem que impede a circulação do curso de água do rio Guadiana. Estes afirmaram que a barragem tinha como principais objetivos a reserva de água, o abastecimento público e a produção de energia. A mesma possui 2 centrais elétricas, uma produção de 520 MW, uma superfície de 250 Km2, uma capacidade máxima de 4150 m3, abastecendo 120000 hectares..

Pelas 13 horas, fomos almoçar num parque de merendas próximo da barragem de Odivelas, mas como não sou grande apreciador de alface, não gostei muito.

Depois de almoçarmos dirigimo-nos a um cultivo em massa de uva, com diferentes variedades de uva, denominado de « Herdade Vale da Rosa».

Os colaboradores desta empresa também demonstraram um ponto de vista muito positivo, principalmente o engenheiro responsável pelo cultivo.

Concordando que os 2.5 milhões de euros investidos valeram a pena, mostrando ter um ponto de vista idêntico ao dos responsáveis da EDIA.

Ao final do dia, ouvimos a opinião de um ambientalista, que ao contrário dos representantes das outras duas empresas, mostrou uma opinião contrastante, apontando inúmeras consequências prejudiciais da instalação da barragem.

Na minha opinião, o dia foi muito interessante, pois conseguimos ouvir opiniões muito díspares e entender cada ponto de vista.

GRUPO 1: Maria Carreira, Pedro Charrua, Inês Matos e Manuel Farias


Terceiro Dia – 31 de Março

Hoje de manhã, pelas 9:30 horas, visitámos a Aldeia das Ciências (centro UNESCO) onde pudemos observar algumas experiências que tinham como objetivo mostrar várias formas de fazer um uso da água e da eletricidade de uma maneira mais sustentável.

Inicialmente não me pareceu muito interessante, pois o edifício por onde entrámos era antigo, mas quando entrei nos outros edifícios interessei-me mais, porque gostei muito de observar as formas de reaproveitamento de certos materiais e objetos.

Pelas onze horas da manhã fomos a Évora e visitámos uma construção muito interessante, o Aqueduto de Évora.

Durante o percurso pelo aqueduto, o técnico da Camara Municipal de Évora para o Património e Cultura, Francisco Pilot, guiou-nos e explicou-nos a história daquela construção milenar edificada pelos Romanos e que sofreu reparações ao longo da sua existência.

Depois da visita, almoçámos na Escola Secundária de André de Gouveia, que pertence ao projeto ECO-ESCOLAS, mas a água tinha um sabor estranho.

Após termos almoçado, visitámos a redação do jornal «Diário do Sul» e a rádio «Telefonia do Alentejo».

Entrámos e deparámo-nos com um grupo de pessoas a elaborar a capa do jornal do dia seguinte e o senhor que nos guiou pela redação explicou, detalhadamente, o que cada trabalhador estava a fazer.

Visitámos também uma sala de conferências e a gráfica, que era bastante grande e continha todos os equipamentos para imprimir o jornal.

Também visitámos o «museu» do jornal onde se encontravam objetos, na minha opinião, muito interessantes, como jornais antigos e objetos dos média já em desuso.

Depois, fomos conhecer a Adega Cooperativa de Portel onde fomos guiados pela engenheira Cristina Baptista, que nos mostrou todas as etapas do processo de produção de azeite.

No fim, fomos ao laboratório e vimos os tanques onde o azeite é armazenado e comprámos garrafas do «melhor azeite do mundo».

GRUPO 1: Maria Carreira, Pedro Charrua, Inês Matos e Manuel Farias


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