Quando se discutem planos para o futuro, é comum destacar o papel das gerações mais novas como agentes da mudança e parte fundamental para a transição sustentável. Mas, em Portugal, o primeiro e último contacto que grande parte dos jovens tem com a educação ambiental é durante o ensino básico e secundário!
Em 2022, e segundo o Observador, a percentagem de pessoas entre os 25 e os 34 anos com ensino superior atingiu os 44%. No entanto, será que o ensino superior está a equipar as futuras gerações com as competências necessárias para criarem um futuro mais sustentável? Quais são os primeiros passos para a incorporação da sustentabilidade numa instituição de ensino superior? De que forma podemos medir a eficácia das diferentes estratégias? E, de que forma é que as investigações científicas contribuem para os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável?
Foi para debater estas perguntas e muito mais que entre os dias 26 e 28 de abril ocorreu a Conferência FEE EcoCampus na Escola Superior de Educação de Educação em Lisboa. Sendo a sua primeira edição, este evento foi organizado pela Foundation for Environmental Education (FEE), em conjunto com a Associação Bandeira Azul de Ambiente e Educação (ABAAE) e o Instituto Politécnico de Lisboa (IPL).
Durante três dias, esta conferência juntou mais de uma centena de investigadores, líderes e educadores interessados em tornar as instituições de ensino superior num espaço que fomente o espírito crítico dos estudantes e desenvolva um pensamento holístico que integre todos os componentes de um futuro sustentável. Permitiu assim a troca de ideias e a facilitação de discussão entre pensadores de nacionalidades e culturas diferentes.
Com cerca de 50 apresentações e 3 workshops, divididos por sessões plenárias e paralelas, foi um evento rico e abrangente. Desde a apresentação da Doutora Júlia Seixas (Pró-Reitora da Universidade NOVA de Lisboa) sobre as estratégias da sua universidade para incorporar a sustentabilidade, até ao workshop, dinamizado por Hélder Simões da Escola Superior de Tecnologia da Saúde de Coimbra, Margarida Gomes da ABAAE e Pedro Marcellino (o mais antigo JRA ainda ativo), que explorou formas de integrar o programa JRA nas faculdades, esta conferência esteve repleta de momentos de reflexão e networking.
You must be logged in to post a comment.