Localizado em Tondela, o centro de tratamento de resíduos urbanos inaugurado em 1999 tornou-se o destino dos resíduos dos 19 municípios associados, sempre com o intuito de promover a proteção ambiental e a melhoria da qualidade de vida dos cidadãos, assegurando o tratamento e valorização dos resíduos produzidos pelos mais de 330 mil habitantes da região. No Planalto Beirão as embalagens são separadas, prensadas, enfardadas e encaminhadas para a indústria recicladora que lhes dará uma nova vida transformando-as em matéria-prima de qualidade para novos produtos, poupando assim recursos e o meio ambiente.
É uma entidade que abarca 19 municípios da região centro do país, responsável por recolher, tratar e encaminhar para a reciclagem todos os resíduos produzidos a nível urbano e alguns industriais daqui da nossa região. Tem como grande ambição a transição definitiva para uma economia circular mais sustentável em que nada é desperdiçado.
Esta visita foi efetuada em dois momentos distintos, começamos por nos deslocar ao auditório das instalações onde visualizámos um vídeo explicativo de toda a atividade desenvolvida aqui na nossa região, uma vez que por questões de segurança foi-nos impossibilitada a entrada nas unidades constituintes deste centro de recolha e tratamento. No entanto, conseguimos explorar as mesmas de autocarro e perceber a atividade desenvolvida em cada uma delas.
Esta entidade abrange mais de 1 centena de viaturas recolhedoras e transportadoras dos resíduos de mais de 25 000 contentores de deposição de recicláveis e de indiferenciados dispersos pelos municípios com uma rede de ecopontos cada vez maior, procurando levar essa possibilidade a todos os residentes.
Foi-nos explicado que os resíduos, depois de recolhidos, são transportados para este centro de tratamento que é constituído por diversas infraestruturas. Nas centrais de triagem, realiza-se a triagem dos resíduos recicláveis de papel e cartão e de plástico e metal. No que toca aos resíduos indiferenciados, são processados numa unidade de tratamento mecânico e biológico que é capaz de processar 130 000 toneladas por ano e de valorizar os resíduos biodegradáveis dando origem a um composto utilizado nos solos da região. Já os resíduos que não podem ser valorizados são encaminhados para o aterro sanitário, uma unidade impermeabilizada cujo sistema de drenagem permite que os lixiviados acumulados sejam recolhidos e tratados na estação de tratamento de águas lixiviadas e depois devolvidos ao meio natural.
Este centro de tratamento de resíduos contém à disposição das empresas e dos consumidores dois serviços de recolha dos resíduos recicláveis porta a porta. No comércio já estão a exercer funções de recolha 1 vez por semana com cerca de 400 estabelecimentos comerciais, nomeadamente nas áreas da restauração com o objetivo de não só evitar o excesso de lixo nos ecopontos como também para coletar mais material de reciclagem.
Contém também outro serviço direcionado para a comunidade dos municípios que engloba, a recolha de resíduos volumosos como os eletrodomésticos, que pelas grandes dimensões e complexidade no seu transporte, torna-se difícil para o consumidor desfazer-se deste tipo de resíduos. Tendo consciência dessas dificuldades, a Planalto Beirão oferece um serviço gratuito de recolha desse material. Basta um contacto telefónico, efetua-se a marcação da recolha e a Planalto Beirão dirige-se diretamente à moradia das pessoas.
Com esta viagem de um presente que caminha todos os dias para um futuro mais sustentável, estes alunos puderam não só adquirir conhecimentos, como também refletir sobre a tamanha urgência das questões ambientais, a eminente importância de um desenvolvimento mais sustentável e o pequeno grande impacto que cada um de nós pode fazer diariamente em termos de colocar em prática a separação dos resíduos nos ecopontos e consequentemente a prática dos famosos 3R`s.
Assim como o Dr. Luís Abrantes refere, “temos que nos consciencializar que se não reciclarmos cada vez mais, os resíduos vão passar a ser um problema grave porque começa a ser difícil o tratamento em aterro” e “quanto mais reciclarmos, quanto mais fizermos aquele esforço extra de separar as embalagens, só assim é que vamos conseguir lidar com o problema do excedente de resíduos”.
