Os metais raros usam-se cada vez mais em telemóveis, tablets e computadores, no entanto, ainda poucas pessoas ouviram falar deles e da sua importância nas alterações climáticas. Estes minerais são usados para criar materiais mais eficientes e duradouros, que contribuem para o sector energético, que necessita deles tanto para produzir energia como para a armazenar e consumir. Segundo o National Geography “Sem as terras raras, retrocederíamos à década de 1960 e a atividade económica tornar-se-ia muito mais lenta”. É que os metais raros para além de nos proporcionarem a era digital também fazem-nos reduzir as emissões de carbono e impelem-nos a atingir as metas que a UE tem para 2050 quanto às alterações climáticas.
Apesar dos benefícios para o ambiente, estes elementos químicos também levantam algumas preocupações relativamente à sua extração, pois, de acordo com o jornal “The Guardian”, “Os processos de extração e refinação de terras raras são imensamente prejudiciais para o ambiente, produzindo elevados níveis de lixo tóxico, com altos riscos de radioatividade, sendo que a refinação de 1 tonelada de terras raras produz 2000 toneladas de lixo tóxico não tratado”. Quem sofre com isto são os habitantes das aldeias mineiras, principalmente em províncias da China e da República Democrática do Congo onde são cometidos diariamente graves crimes contra os direitos humanos. Nessas aldeias não existe direito nem à saúde nem à educação, com crianças a respirar ar poluído e a trabalhar nas minas diariamente sem que os governos tomem medidas para proteger o trabalho infantil. Aí são comuns as doenças cardiorrespiratórias e os problemas intestinais, pois a poluição infiltra-se na água e no solo sem que os trabalhadores, precariamente pagos, possam fazer alguma coisa.
Avanços na tecnologia de reciclagem de equipamentos eletrónicos é crucial para reduzir a dependência de novas extrações e minimizar os impactos ambientais. A pesquisa por substitutos e novas fontes de materiais também está em ascensão, buscando alternativas mais abundantes e menos prejudiciais ao meio ambiente. Regulamentar a extração de forma a torná-la consciente e menos prejudicial é necessária para promover a sustentabilidade.
É um assunto pouco falado, mas bastante importante a nível internacional tanto com benefícios quanto com prejuízos para o meio ambiente e para um futuro mais “verde”. É por isso que devemos pensar sobre este assunto e implementar medidas para um futuro mais ético e sustentável.
Webgrafia:
– https://gerador.eu/terras-raras-uma-questao-ambiental-ou-de-defesa-dos-direitos-humanos/
Maria Alice Dias Lino, nº12 da turma C do 7ºano
(Agrupamento de Escolas Gabriel Pereira)