Braga na proteção do Oceano

É longe do oceano que na cidade de Braga, através da sua Câmara Municipal, foi lançado o desafio para combater a poluição e proteger os nossos oceanos. Estes desafio e envolveu a utilização de mochilas e pinças fornecidas às eco-escolas aderente, para retirar as “piriscas” ou “beatas”, com os bracarenses gostam de chamar, dos passeios e estradas. Muitas escolas com o programa Eco-Escolas concordaram em participar nesta ação.

Munidos de mochilas às costas e pinças nas mãos, fornecidos pela Câmara Municipal de Braga, alunos das escolas de Braga saíram à rua para “caçar” e “aprisionar” as piriscas e desta forma evitar que este cheguem ao rio Este e que as substâncias tóxicas que estão contidas nelas, sigam caminho até ao mar. O desafio relativamente simples: limpar o lixo dentro do logradouro e ao redor das instalações da escola, foi mote para celebrar o Dia da Terra ou um dia do nosso planeta e incentivar conscientemente a reciclar e cuidar do nosso planeta. Este foi o cenário ideal para esta iniciativa e combater este flagelo e impedir que os resíduos entrem no sistema de águas pluviais e acabem no oceano. 

 A ação da Câmara Municipal de Braga representa um passo importante na sensibilização para a preservação do ambiente. Ao envolver as escolas e o programa Eco-Escolas, a iniciativa não apenas contribui para a limpeza local, mas também educa os jovens sobre a importância de cuidar dos nossos recursos naturais.

A resposta das escolas locais e do programa Eco-Escolas foi positivo e entusiasta, com expectativa que a consciencialização se expanda para fora das escolas e inspire a comunidade inteira a adquirir hábitos mais sustentáveis.

Muitos dos detritos das praias e lixo do mar são oriundos das beatas. Um cigarro pode conter mais de 7.000 produtos químicos, incluindo nicotina, um filtro de acetato de celulose. Quando presente em zonas costeiras e pode levar até 10 anos para se decompor. No mundo, aproximadamente 6 triliões de cigarros são produzidos todos os anos, e 4,5 trilião estão a ser descartados de maneira predatória ao meio ambiente.

Em Portugal, o decreto/lei 88/2019, de 3 de setembro, prevê a aplicação de multas a quem atirar produtos que contenham tabaco para o chão. Além disso, também prevê que os estabelecimentos que não disponibilizem cinzeiros ou não limpem os resíduos deixados pelos fumadores recebam coimas entre 250 a 1500 euros.

Este resíduo está a afetar o solo, os recursos hídricos e o planeta Terra de forma muito negativa, podendo-se fazer sensibilizações como disponibilizar cinzeiros nas praias, apanhar beatas no chão de algum recinto, contribuindo para a mudança de mentalidade dos fumadores e estes, por sua vez, passarem o testemunho ou até mesmo deixarem de fumar.