Energia Limpa: solução ou um novo problema?

Um grupo de alunos do 9ºA investigou sobre a energia que usamos. Rapidamente constatamos que o mundo está  a mudar a um ritmo cada vez mais rápido e a energia que usamos também sofre alterações. Os painéis solares, as turbinas eólicas e os carros elétricos prometem um futuro mais verde e sustentável, mas será que é tudo assim tão bom? O nosso objetivo foi verificar as vantagens e as desvantagens da nova era energética.

 

Atualmente, fala-se cada vez mais em energias renováveis e tecnologias sustentáveis. É muito fácil encontrarmos carros elétricos nas ruas, casas com painéis solares nos telhados e notícias sobre o fim dos combustíveis fósseis (ex. gasolina e gasóleo). Realmente estamos mesmo a viver uma mudança no tipo de energia que usamos. Mas será que estas novas soluções só trazem vantagens? Ou também trazem problemas?

Por um lado, as energias renováveis apresentam várias vantagens que ajudam o ambiente e a sociedade. Uma das mais importantes é o impacto em termos ambientais, sobretudo a redução da poluição. Fontes como o sol, o vento e a água não libertam gases poluentes, ao contrário do carvão, do petróleo ou do gás natural. Isto significa menos fumo nas cidades, menos doenças respiratórias e menos aquecimento global e, consequentemente, mais qualidade de vida. Outra grande vantagem é que estes são recursos inesgotáveis. O sol e o vento não se esgotam, por isso podemos usá-los durante muito mais tempo do que os combustíveis fósseis, que um dia vão acabar. Além disso, com estas tecnologias, os países tornam-se menos dependentes de petróleo estrangeiro, o que é bom para a economia e para a segurança energética.
Por outro lado, também há vantagens económicas. Apesar do investimento inicial ser alto, como por exemplo ao comprar um carro elétrico ou instalar painéis solares, verifica-se, a longo prazo, uma poupança considerável, já que, quem usa energia solar paga menos eletricidade. E carregar um carro elétrico custa muito menos do que atestar um carro a gasolina ou gasóleo. Além disso, há apoios do Estado para incentivar as pessoas a fazer esta transição.

No entanto, nem tudo são rosas. Estas novas soluções também apresentam desvantagens que não podemos ignorar. Um dos principais problemas é o custo inicial elevado. Nem toda a gente pode pagar milhares de euros por um carro elétrico ou por um sistema de energia solar. Isto faz com que estas soluções ainda estejam fora do alcance de muitas famílias.
Outro problema grave é a produção das baterias. Os carros elétricos e os sistemas solares precisam de baterias que usam materiais como o lítio e o cobalto. Estes materiais são extraídos de minas, muitas vezes em países pobres, onde há exploração de trabalhadores, incluindo crianças, e danos ambientais enormes. Ou seja, embora o carro não produza emissões durante a circulação, a sua produção pode causar impactos ambientais elevados.
Também há desafios técnicos. As energias renováveis dependem do tempo: o sol nem sempre brilha e o vento nem sempre sopra. Isso obriga a ter sistemas de armazenamento de energia, como baterias gigantes, que ainda são caras e difíceis de reciclar. E se não houver energia suficiente, pode haver falhas. Além disso, ainda não há postos de carregamento suficientes para carros eléctricos, principalmente fora das grandes cidades. Isto faz com que as pessoas tenham medo de ficar sem bateria a meio da viagem. A rede elétrica também tem de ser reforçada para aguentar tantos carros a carregar ao mesmo tempo.

Concluindo, na nossa opinião o segredo está no equilíbrio. Precisamos de continuar a investir em tecnologia, melhorar a forma como produzimos e usamos a energia, e garantir que estas soluções chegam a toda a população. Mas também é importante mudarmos os nossos hábitos: andar mais a pé, usar transportes públicos e poupar energia são ações que fazem a diferença.

Leandro Santos, Rodrigo Santos, Gonçalo Rocha, Simão Moreira