A ideia por trás do “Living Garden”
“Queremos fazer a diferença na vida das crianças. Não gostávamos quando crianças do primeiro ciclo visitavam a nossa escola e ficavam espantados com os espaços verdes que temos e os animais presentes na nossa exploração!” explica a aluna Beatriz Alves, a líder criativa da equipa.
Ao vencerem o Projeto RYSE Challenge, as jovens receberam financiamento para implementar o projeto. O trabalho começou na Escola Primária da Picota, onde as crianças não apenas participaram da construção da horta, mas também receberam uma formação prática sobre o cultivo de alimentos e o uso sustentável de recursos.
A aluna Rita Rebelo, responsável pela comunicação e organização da equipa, destaca a importância da componente educativa do projeto. “Não quisemos apenas criar uma horta e deixá-la lá. No início do processo, ensinámos os alunos sobre a origem dos alimentos, a importância das sementes e como cuidar do solo, com a colaboração de dois colegas da nossa Escola, que estudam no 11ºano do Curso Técnico de Agropecuária”, afirma.
A formação incluiu a entrega de utensílios de jardinagem, sementes e mudas de alimentos como ervilhas, alface, repolho, beterraba, couve, ervas aromáticas e flores para atrair polinizadores para a horta. Atrair abelhas para a horta pode parece assustador, mas não deveria. Estes insetos, tem muitas vezes a má reputação, mas na verdade têm um papel crucial no nosso quotidiano e na vida do nosso planeta. Sem as abelhas não haveria tomates, maçãs, laranjas couves, entre muitos outros legumes e frutas.
No desenvolvimento do projeto, cada criança teve a oportunidade de plantar e aprender técnicas e saberes para cuidarem futuramente da horta.
A aluna Solene Miranda, responsável por garantir que a horta siga todos os procedimentos de sustentável e de baixo impacto. “Os alunos de agropecuária utilizam técnicas simples, como reaproveitamento de água da chuva e compostagem, para mostrar às crianças como é possível cuidar do ambiente enquanto cultivamos alimentos”, explica.
Considerações finais
O “Living Garden” não é apenas uma horta; é um movimento que conecta gerações ao cuidado com o ambiente e com a alimentação. A dedicação das alunas Beatriz Alves, Rita Rebelo e Solene Miranda dos cursos Técnico de Turismo Ambiental e Rural e Técnico em Animação de Turismo, evidenciaram com criatividade e determinação que é possível instruir crianças para a sustentabilidade alimentar, assim como promover boas práticas que cuidam e protegem o nosso meio ambiente.
Como disse Margaret Mead: “Nunca duvidem de um pequeno grupo de cidadãos conscientes e empenhados pode mudar o mundo; na verdade, é a única coisa que sempre conseguiu fazê-lo”. A mudança está nas nossas mãos. Estão prontos para fazerem a vossa parte?
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