O Jardim Zoológico pode ir à falência?

O Jardim Zoológico de Lisboa é uma instituição privada, dedicada à conservação, à educação ambiental e à investigação. Apesar da sua oferta diversificada, que inclui programas educativos e parcerias estratégicas, enfrenta desafios para manter a sustentabilidade económica. Dependendo principalmente da bilheteira, dos patrocinadores e do apadrinhamento de animais, o Zoológico aposta em colaborações com empresas para garantir a manutenção das suas instalações e o bem-estar dos animais

O Jardim Zoológico de Lisboa é uma das instituições privadas mais emblemáticas de Portugal, dedicada à conservação, educação ambiental e investigação. A oferta variada deste espaço inclui não só a exibição de espécies animais, mas também de programas educativos e atividades educativas. No entanto, esta oferta enfrenta desafios importantes para manter a qualidade e a sustentabilidade económica das suas iniciativas. 

Como instituição privada, a fonte de receitas do Jardim depende sobretudo da bilheteira (60%), dos patrocinadores (35%), e do apadrinhamento de animais (5%). Esta última, a nível individual, consiste em apoiar um animal por uma determinada quantia monetária. Por outro lado, durante o tempo de apadrinhamento, o “padrinho”, neste caso a empresa,  tem direito a fazer eventos no zoológico, obter bilhetes gratuitos e a poder levar colaboradores. Normalmente o Jardim é que entra em contacto com as empresas para tentar assegurar estes acordos. “Apenas entramos em contato para patrocínios e os aceitamos com empresas que para nós e para a nossa missão fazem sentido” afirmou Luísa Paulos do Departamento de Marketing. Estes sistemas vêm permitir uma maior sustentabilidade económica, com o intuito de proporcionar fundos para a gestão e a manutenção de todos os animais, um exemplo de apadrinhamento foi uma girafa apelidada de “Maria Café”, pelo apoio da empresa Sical.

As parcerias também ajudam financeiramente, por exemplo, uma parceria com a Microsoft Education, permitiu ao Jardim adquirir ecrãs e outros materiais tecnológicos, que sem este apoio, não teria a capacidade de ter adquirido tantos recursos como os que dispõem atualmente. O que comprometeria a qualidade das instalações, o funcionamento do departamento pedagógico, a obtenção de medicamentos por parte do Hospital Veterinário, e outros.

Para finalizar, o Jardim Zoológico enquanto instituição privada, enfrenta imensos desafios na gestão dos recursos de forma eficiente. Se o Jardim Zoológico continuar a ser considerado um local de preservação, conservação e investigação de renome português, precisa promover ativamente a eficiência de acordo com o bem-estar de todos os animais que possui.

Pedro Santos, Beatriz Oliveira, Rodrigo Amaro, José Santos, Lara Ribeiro