O descontentamento das populações está a aumentar como se pôde verificar, no passado dia 20 de fevereiro, quando um grupo de pescadores queimou um barco junto ao cais de Vila Velha de Ródão. Esta ação pretendeu chamar a atenção pública para a poluição do rio Tejo, o que pode significar o fim da atividade piscatória naquele que é o maior rio do território nacional e da Península Ibérica.
Também as atividades turísticas ligadas ao rio, que podem constituir um grande potencial de desenvolvimento desta região do interior do país, podem estar em risco se os índices de poluição continuarem a aumentar.
A descarga de efluentes de empresas da região e os transvases feitos por entidades espanholas são alguns dos problemas apontados pelos autarcas de Mação, Nisa, Gavião, Abrantes, Vila Velha de Ródão, Castelo Branco e Constância.
Segundo um dos autarcas as empresas nacionais não podem ser todas apontadas como causadoras deste problema e diz com toda a certeza que “o que chega de Espanha não é água mineral”.
A proximidade da central nuclear de Almaraz, na margem do Tejo, em Espanha, também não deixa a população portuguesa muito tranquila, sendo este assunto uma das preocupações da Quercus.
Numa audição, na Assembleia da República, no dia dois de fevereiro, onde estiveram presentes os sete autarcas referidos, todos os deputados reconheceram a necessidade de existir uma intervenção urgente das entidades públicas e privadas na preservação do rio Tejo, nomeadamente através do reforço da fiscalização.
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