Hoje em dia, antagonicamente ao passado, quando o sol nasce nas aldeias acresce-se a ele os poucos resistentes à desertificação humana que, dependentes da agricultura, se misturam com o seu gado. Viram as suas aldeias lentamente perder os que as compunham, estando agora abandonados pelo país. Estudos de 2016 revelam que cerca de 40% da população portuguesa com mais de 65 anos estão sozinhos durante oito horas ou mais por dia.
A intensificação do processo de despovoamento nas aldeias, maioritariamente no interior do país, iniciou-se após uma aposta económica nas zonas urbanas, proporcionando o acesso ao ensino e, o consequente abandono das práticas agrícolas mais trabalhosas. Consequentemente a área florestal abandonada e os terrenos baldios aumentaram drasticamente e os montes portugueses tornaram-se vulneráveis aos incêndios. Portugal perde, por ano, em média, mais de 3% da sua floresta com os incêndios rurais.
You must be logged in to post a comment.