Palmeira vs Escaravelho – A proteção integrada numa luta sem fim à vista
Nos jardins, quer públicos quer particulares, é frequente encontrar muitas espécies de plantas que não são originárias do nosso país. Contudo, algumas destas espécies já são plantadas há tantos anos que nem nos apercebemos deste fato e pensamos tratarem-se de espécies autóctones. Entre as muitas plantas deste tipo merecem especial destaque as palmeiras que são cultivadas no nosso país desde tempos imemoriais. A espécie que se encontra em maior número, e com uma maior distribuição territorial é a palmeira das canárias (Phoenix canariensis). Elvas não é exceção à regra e podemos encontrar em numerosos locais da cidade exemplares desta planta, alguns com muitas dezenas de anos de idade. No entanto nos últimos anos foi possível observar um aumento significativo no número de plantas doentes, moribundas ou mortas. Inicialmente, este aumento na taxa de mortalidade não era facilmente compreensível mas, um olhar mais atento, permite observar o responsável: o escaravelho vermelho ou Rhynchophorus ferrugineus (Fig.1D)
Elvas, o Património Vulnerável
Se ouviu falar de Elvas, provavelmente terá sido devido às suas muralhas abaluartadas, ou ao recentemente recuperado Forte de Nossa Senhora da Graça. O que provavelmente desconhece é que debaixo desta cidade histórica se encontram aquíferos com elevado teor em nitratos. A zona de Elvas é uma das zonas vulneráveis aos nitratos de origem agrícola são definidas no âmbito da Diretiva 91/676/CEE.
As pereiras do Cadaval
Sendo o meu pai produtor de pêra rocha, não posso deixar de partilhar esta maravilhosa árvore cheia de frutos.
Novas plantas – um futuro melhor
O Município de Castro Marim tem organizado ações de plantação de espécies autóctones através de adesão ao movimento “Plantar Portugal” que surgiu na sequência do “Limpar Portugal”, movimento cívico de âmbito nacional desenvolvido a partir de uma iniciativa lançada em 2010 na Internet por um grupo de cidadãos que foi considerada uma das maiores mobilizações coletivas em torno de uma causa ambiental.
Em Castro Marim as ações concretizaram-se através de plantações de loendros na ecovia do litoral em Altura,
nomeadamente no troço que liga Altura à Manta Rota.
O objetivo destas ações de plantação de árvores é, para além de ornamentação de uma zona de utilização pública com envolvimento da comunidade, é fomentar a utilização de espécies características da região cujas vantagens se refletem na fácil adaptação ao solo e ao clima, baixas necessidades hídricas e resistência às condições atmosféricas da região.
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