Pavimento Elástico

No momento presente é impensável andar sobre um passeio de uma calçada sem pisar aqueles famosos “pontos pretos”, que não são mais do que “simples” pastilhas elásticas.

 Muito antes da data de invenção das pastilhas elásticas, foram encontrados, na Suécia, aquilo que viriam a ser os protótipos das pastilhas elásticas com cerca de 2 milhões de anos. As pastilhas elásticas, depois de “mascadas”, são lançadas para o chão, assim como os cigarros. Esta prática está a ter impactos excessivamente marcantes em todo o concelho de Cantanhede.

Numa pesquisa à composição deste resíduo, constatou-se que é produzido ou através do látex de uma árvore chamada chicle ou a partir de borracha sintética, adicionando-se açúcares, corantes e conservantes que, quando libertados, constituem um grande agente poluidor para o ambiente.

Segundo vários estudos, as pastilhas que não contêm açúcar previnem doenças dentárias, uma vez que neutralizam os ácidos da placa bacteriana e contribuem para a limpeza dos resíduos alimentares.

Todos nós já tivemos a experiência de estarmos a caminhar e pisarmos uma pastilha que, com todo o seu poder elástico, fica retida no nosso calçado, o que é, de facto, uma situação desagradável.

Mas será esse o maior problema das pastilhas elásticas?   

Numa perspetiva estética, uma cidade revestida de pastilhas confere uma péssima imagem. Numa tentativa de combater problemas como este, em 2008, o município de Cantanhede procedeu à instalação de mais contentores para tornar o seu acesso mais fácil. No entanto, não se verificaram alterações significativas. Por mais ecopontos que o município instale, a postura que cada um assume perante uma situação de despejo ou não de resíduos, é o fator que determina a atitude a tomar e não propriamente a distribuição dos caixotes.

Por mais longe que se encontre o caixote, um cidadão consciente das suas obrigações sabe que não deve poluir os espaços públicos.

No que toca à sobrevivência das espécies, a classe das Aves é, sem dúvida, a mais afetada. Como referido anteriormente, estas mélicas armadilhas têm açúcar na sua constituição. Esse açúcar desperta a atenção dos pássaros que acabam por tentar ingerir aquela que poderá ser a sua última refeição. Quando tentam degluti-la acabam por morrer sufocados devido ao forte poder elástico da pastilha.

Inúmeras são as cidades que estão a implementar medidas de prevenção e de recuperação de estragos causados pelo despejo de pastilhas no chão. Neste momento estão a ser desenvolvidas pastilhas elásticas biodegradáveis que prometem ser a solução que permite manter o consumo de pastilhas e, em simultâneo, diminuir o impacto que estas têm no ecossistema.

 

Alexandre Salgado, Ana Guerra, Beatriz Faim, Camila Lourenço, Lara Macedo, Tomás Martins