A matriz procurou interpretar o genius loci (“espírito do lugar”) de cada artéria, avenida, jardim ou parque, estabelecendo uma relação “simbiótica” entre a morfologia e a estética paisagística. Tudo isto associado à cultura e história da cidade-jardim da Beira.
Cada um dos cinco percursos criados pretende estabelecer uma relação cromática e morfológica com a espécie arbórea preponderante. A valorização do património encontra-se na biodiversidade de tons, cores, formas, sombras e sensações que podemos desfrutar em cada um deles. Todos estes percursos propõem-se iniciar e terminar em espaços verdes emblemáticos da cidade, que se constituem como órgãos que têm funções ambientais e ecológicas, vitais para esta BiodiverCidade.
O parque Aquilino Ribeiro, é o núcleo onde estes percursos se cruzam e mesclam, combinando a funcionalidade do espaço com a preservação do ecossistema urbano. A conceção dos percursos procurou enquadrar instituições de natureza diversificada, no que toca ao ensino, arte e cultura, mas também hotelaria, restauração e comércio. A sensibilidade que se procura despertar, cultiva-se muito pelo olhar e em admirar o belo.
Estes percursos arbóreos uma vez criados serão património da cidade-jardim da Beira, em que cada qual terá a liberdade de fazer a sua interpretação. Cada cidadão poderá em cada momento, face à estação do ano e luminosidade do dia, apreciar enquadramentos e testemunhos de exceção que passarão a constar na nossa memória coletiva. Os caminhos podem ser repetidos vezes sem conta com a certeza, porém, que contarão sempre uma nova história.
“E se as árvores nos levassem a conhecer a cidade-jardim da beira com a segurança dos seus troncos, a beleza dos cromas e a subtileza dos aromas”– Paulo Barracosa, Professor da Escola Superior Agrária de Viseu no Departamento de Ecologia e Agricultura Sustentável.
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