Surgindo com maior destaque nos tempos mais recentes, este problema surge desde há muito, quando em meados do século XX os homens e mulheres do campo partiram em direção das grandes cidades do litoral Lisboa e Porto,em busca de melhores condições de vida, melhores empregos e até mesmo para o estrangeiro,destacando-se o Brasil.
Apesar de o êxodo rural ter começado há tanto tempo, agravou-se ao longo dos anos 50 e 80, pelo que as populações que resistiram nessa altura, têm atualmente 70,80 e 90 anos. Os filhos e netos, muitos deles trabalham nos grandes centros urbanos do litoral ou então estão emigrados pela Europa e Mundo. O lento progresso dos meios de comunicação entre o litoral e o interior, a par da existência de obstáculos naturais, do meio físico, só a muito custo vencidos, explica grande parte das diferenças entre espaços e, por outro lado, explica muito da necessidade de êxodo rural para todos aqueles que não encontraram nos espaços rurais, a que pertencem, condições para uma sobrevivência condigna.
Vistas as causas, todos os problemas têm consequências e este não é exceção, sendo que o envelhecimento e o decréscimo da população, a perda da importância da atividade agrícola e a insuficiência da população ativa, são os exemplos mais significativos do atual estado da população portuguesa.
Para combater a desertificação desta região, pode-se começar por incentivar a prática do turismo rural com, por exemplo, campanhas de marketing, restauração de antigas habitações e outras estruturas, agora abandonadas, para fins como hotelaria ou restauração.
A desertificação do interior é, sem dúvida, um problema difícil de resolver. Urge tomar medidas políticas, sociais e económicas de combate a este fenómeno, com o objetivo de ter um território mais equilibrado.
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