Neste âmbito, foi realizado a partir do dia 12/04/2019 um trabalho de investigação, com a finalidade de perceber como são os hábitos de reciclagem do concelho de Rio Maior, no distrito de Santarém. Deste modo, fez-se um inquérito, uma visita a uma escola, a um restaurante e a um local onde se realiza turismo rural, entrevistando-se todos aqueles que têm optado por medidas mais sustentáveis.
Segundo o inquérito realizado, 2 em cada 20 pessoas faz reciclagem de plástico, papel/Cartão, vidro, pilhas. 3 em cada 20 faz pelo menos reciclagem de 3 dos resíduos mencionados e 4 em cada 20 faz apenas de um. Concluindo-se que 9 em cada 20 pessoas faz reciclagem seja do que for. Soube-se, também, que 12 em cada 20 pessoas admite colocar os resíduos de óleo na sanita ou no lava-loiça. 1 em cada 20 conta que não tem ecopontos nas proximidades. É possível afirmar que a faixa etária que tem por hábito realizar reciclagem com maior frequência é a faixa dos adultos, sendo que esta muitas das vezes é realizada com influência dos mais novos.
Localizado em Rio Maior, o agrupamento de escolas Fernando Casimiro Pereira da Silva distingue-se pela qualidade do ensino, bem como as práticas implementadas, no que dizem respeito aos conteúdos a abordar e à educação dos estudantes. Na escola sede, realiza-se reciclagem, nomeadamente de plástico, pois esta está inscrita no projeto ‘’Amarelinho ‘’ que troca sacos de plástico, por valores monetários. Deste modo, solicitou-se aos alunos que todo o plástico consumido dentro das instalações, fosse colocado dentro dos caixotes propícios para a separação e foram colocados em todas as salas 3 ecopontos, onde é feita a recolha semanalmente por uma turma. Anabela Brígida, docente de inglês, tem sido uma grande impulsionadora neste projeto. Tem feito de diversas formas a divulgação do mesmo. Segundo Anabela, ‘’Se todos trouxessem um saco sempre que possível, conseguíamos marcar a diferença’’. De qualquer modo, os valores dos sacos com plástico têm aumentado de uma forma significativa nos últimos tempos. Durante o ano letivo 2018/2019 (que agora termina), o agrupamento angariou cerca de 506 sacos, afirmou Maria João Lima, coordenadora do projeto Eco escolas no agrupamento. Os alunos do 1ºCiclo de escolaridade e os professores, bem como o pessoal não docente, são aqueles que têm tido um papel mais assíduo nesta ajuda ao ambiente. Contudo, a escola EB1 da Asseiceira (a cerca de 5km da escola sede) com apenas 3 turmas, obteve mais sacos que a escola sede(que tem cerca de 39 turmas dos diferentes ciclos de ensino).
No Alto da Serra, a 4km de Rio Maior, a Fortaleza é um espaço onde o conforto e a beleza se conjugam, num verdadeiro ambiente acolhedor com uma decoração rústica sem igual, onde pode saborear a verdadeira cozinha tradicional da região. Numa entrevista com David Neves, um dos chefes de sala do restaurante, foi possível perceber que neste espaço opta-se por algumas medidas interessantes. Confessou que ‘’ semanalmente, dirige-se ao nosso estabelecimento um responsável pelos resíduos de óleo. Ao longo da semana, a responsável pela cozinha vai retirando o óleo das fritadeiras e das frigideiras (por questões de limpeza) e os resíduos são colocados dentro de um bidon, e consequentemente, este é recolhido e levado para a reciclagem, sendo passado um documento que certifica o nosso negócio por esta mesma tarefa.’’ Esta fonte referiu que ‘’as bebidas servidas estão muitas delas, dentro de garrafas de vidro ou plástico e latas. Visto que não nos custa nada e de modo a implementar medidas mais sustentáveis no nosso dia a dia, realizamos a reciclagem dos mesmos.’’ David Neves acrescentou ainda que sente uma mudança gradual no que diz respeito à reciclagem no seu local de trabalho pois, visto que são quantidades imensas de resíduos, é crucial que estes sejam depositados nos locais mais adequados.
Situado a sul do Parque Natural da Serra d’Aire e Candeeiros, o Cabeço dos Três Moinhos oferece aos seus visitantes uma estadia agradável e diversificada, proporcionando panorâmicas de rara beleza e emoções intensas, no princípio de cada manhã e no entardecer de cada dia, transmitidas pela aliciante vegetação da serra e pelas Salinas de Rio Maior onde há sal sem mar. Em conversa com Sérgio Francisco, o responsável pelos moinhos e pelo respetivo aluguer, apresentou o espaço e tudo aquilo que dispõem aos visitantes, tocando num tema que vai ao encontro desta reportagem. Elevadas quantidades de plástico era um dos maiores problemas que revelava uma certa preocupação a Sérgio. ‘’O uso excessivo de embalagens plásticas para os detergentes, géis de banho, sabonetes líquidos, entre outros, deu origem à necessidade de reduzir esse mesmo excesso, deste modo, adquiriram-se umas embalagens acrílicas para prender nas paredes, que dispensassem os produtos referidos.’’. O responsável decidiu resolver este quesito. ‘’Adquirimos os produtos em embalagens industriais e desta forma, mas sempre repondo os produtos em falta, diminuímos a utilização de embalagens plásticas. As embalagens industriais são colocadas no devido ecoponto.’’, acrescentou.
Em suma, no concelho a investigar já existem algumas nuances de medidas mais sustentáveis, que se relacionam com a época em que vivemos, o século XXI. Serão estas medidas um começo?
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