Com uma superfície de aproximadamente 74 Km2, Ílhavo disponibiliza uma vasta rede de ciclovias aos seus habitantes. Estas infraestruturas, que integram o sistema de mobilidade sustentável, têm como principal objetivo a diminuição do uso do transporte individual assegurando também, a mobilidade inclusiva. De acordo com Tiago Lourenço, vereador de Educação, Desporto e Juventude da Câmara Municipal de Ílhavo, a população do municipio “já se encontra muito recetiva a este tipo de mobilidade”.
A bicicleta é, desde há muitos anos, um dos principais modos de transporte da população, fazendo parte da cultura e história das suas freguesias. Esta forma de deslocação tem sido utilizada por várias faixas etárias ao longo dos anos, destacando-se o seu uso primordial pela população feminina que se deslocava para a seca do bacalhau, enquanto os homens se encontravam no mar. Esta consistente utilização de bicicletas, deve-se maioritariamente à tipografia plana do território e à maior consciencialização ambiental que tem sido adquirida por parte dos habitantes nomeadamente, no que diz respeito, à promoção de um estilo de vida saudável e sustentável.
De acordo Tiago Lourenço, nos últimos anos, as políticas adotadas pelo município, visam reduzir o impacto ambiental associado às deslocações em bicicleta dos munícipes, nomeadamente através da tomada de um conjunto alargado de medidas enquadradas sobretudo em dois planos municipais estruturantes, o Plano de Ação para a Mobilidade Urbana Sustentável (PAMUS) e o Plano Estratégico de Desenvolvimento Urbano (PEDU).
O objetivo é aumentar a rede
Atualmente, existem construídos cerca de 32km de ciclovias, no concelho de Ílhavo, prevendo-se a construção de 20 km adicionais de novas ciclovias pelas quatro freguesias da cidade da Beira Litoral, de forma a alargar os corredores cicláveis já existentes até 2021, conforme referido pelo vereador.
Quando confrontado com a possível introdução de velocípedes elétricos, este afirmou “não ser apologista deste tipo de medida”, alegando alguma preocupação relativamente a possíveis práticas sedentárias que possam advir da mesma.
Devido à adesão da população mais jovem a este modo de transporte, o executivo revelou preocupações com a segurança rodoviária, implementando a Escola Municipal de Educação Rodoviária (EMER), na qual, os alunos desde o primeiro ciclo até ao ensino secundário são instruídos à adoção de um estilo de condução defensivo. De tal modo que, a beneficiação dos velocípedes é reforçada pela existência de ruas de sentido único para os condutores, podendo as bicicletas transitar em ambos os sentidos.
Grupo A5
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