O dia quatro de fevereiro de 2020 acordou primaveril, convidativo a uma aula de Cidadania e Desenvolvimento extra muros do espaço escolar, para a descoberta e observação direta de espécies vegetais e arbóreas que circundam a escola EB 2, 3 de Mundão, na vertente Sul.
Mal entramos no trilho de terra batida um aroma a floresta invadiu as narinas.
Andando, um pouco mais, encontramos eucaliptos, acácias, giestas, urze, estevas, pinheiros, fetos …
Em nosso redor, avistamos lindos animais: borboletas mil cores que bailando pousavam de flor em flor; abelhas azafamadas que procuravam o pólen nas mais ousadas flores; formigas ordeiras que procuravam seus alimentos e, de vez em quando o chilreio dos passarinhos prendia a nossa atenção.
Invadiu-nos uma sensação de bem-estar e um aprender de forma diferente, em contacto direto com a natureza.
De repente, o nosso olhar foi atraído pelo amarelo das acácias, que parecem tocar no gradeamento da nossa escola. Estamos em crer que se não forem cortadas irão, rapidamente, entrar o nosso espaço escolar!
Vamos ter que avisar quem de direito!
Os altos pinheiros verdes também captaram a nossa atenção. São muitos formam um grande e denso pinhal. Entremos nele. Alguns abraçaram seus troncos, outros tiveram medo das lagartas, outros foram atraídos pelos inúmeros pinheiros secos. Doença explicou a professora. Foi uma sensação única caminhar sobre a folhagem húmida e fofa e sentir a melodia da Natureza.
Os cinquenta minutos pareceram segundos, tal era o entusiasmo e a sensação de bem-estar.
E agora?
O inevitável o trabalho de pesquisa.
O pinheiro-bravo (Pinus pinaster) é uma árvore de grande porte originária do Sudoeste da Europa e Norte de África. Tem uma distribuição muito espalhada pela bacia mediterrânica. Existe um pouco por todo o território português, predominando na Beira Alta e Beira Baixa.
Os pinheiros são árvores perenes. Produzem resina, outrora muito explorada. Hoje, em alguns locais já está ressurgir a sua extração.
A sua madeira clara, com abundantes nós, é durável, pesada e pouco flexível, é muito utilizada em mobiliário, postes, caixotaria, aglomerados, carpintaria, construção naval, combustível e celulose.
Recentemente, o pinheiro tem vindo a enfrentar alguns perigos, tais como: o corte massivo para posterior plantação de eucaliptos, de produção rápida, logo mais lucrativa, mas que põe em causa a biodiversidade existente; a doença do pinhal (doença da murchidão do pinheiro), provocada pelo nemátodo-da-madeira-do-pinheiro que coloca em risco a sobrevivência da espécie.