É Carnaval, mas o meio ambiente leva a Mal

Entre 9 e 14 de fevereiro, festejou-se o Carnaval nos quatros pontos do globo e, Portugal não foi exceção, realizando-se grandes cortejos em Torres Vedras, em Loulé, em Ovar, em Pêro Pinheiro-Montelavar e em muitas outras localidades. Com o final do Carnaval ficam duas questões na cabeça dos portugueses: a primeira é quando é que quando é que começam as limpezas das ruas e a segunda é, será que vale a pena sujar as ruas para festejar o Carnaval, seja com serpentinas e confettis ou com garrafas de cerveja e copos, mesmo sendo uma tradição.

Todos os anos são gastos milhares de euros no Carnaval entre carros alegóricos, fatos, bebidas, serpentinas e confettis, mas ao ser comparado com o dinheiro gasto com a limpeza das ruas, o dinheiro reservado para a limpeza é muito reduzido levando a que as ruas ainda estejam sujas passadas semanas do seu final. Cada vez mais, as pessoas falam de problemas relacionados com o meio ambiente e de que são a favor de todas as medidas que projetam o mesmo mas no Carnaval, essas posições são postas de parte pois ninguém se preocupa se estão a deitar lixo para o chão ou não, é como o povo diz “É Carnaval, ninguém leva a mal”.

Algumas cidades já estão a adotar medidas mais sustentáveis como é o caso do Carnaval de Torres Vedras que no seu convite alertava as pessoas para o problema da poluição e as consequências da mesma, demonstrando assim que as autoridades responsáveis pelos eventos carnavalescos começam a ter uma certa preocupação com o meio evolvente e com a sua sustentabilidade. “Lembrai-vos de reciclar esta garrafa. Tudo o que não vai para o lixo, vai parar ao mar… E vós, não quereis sujar.”, dizer do convite do Carnaval de Torres Vedras.  Mas a preocupação dos responsáveis pelo Carnaval não ficou apenas pela poluição visto que foram utilizados materiais recicláveis para a construção dos carros assim como dos fatos como por exemplo os copos de plástico, os DVD ou sacos de plástico, que na Natureza demorariam muito tempo a decompor. Exemplo do convite de 2018, aquando a população começou a ter uma consciência dos problemas ambientais do mundo.

“Não é a quantidade (de lixo) mas sim a consciência (das pessoas) visto que é uma festa por isso posso atirar para o chão que alguém irá apanhar.” disse a bióloga, Joana Guerreiro reforçado a ideia que, se as pessoas mudassem a sua mentalização, em relação ao modo de festa amento do Carnaval, não seria um problema tão grave a quantidade de lixo produzido no Carnaval e, que fosse possível continuar a comemoração do mesmo, de forma tradicional.

 

Susana Santa Rita