Arrojamento: o caso de uma orca

O cadáver de uma orca, com aproximadamente 4 metros, deu à costa na praia de Castelo de Neiva, no distrito de Viana do Castelo.

Separação/remoção do crânio

O arrojamento (ato de um animal dar à costa, vivo ou morto) de uma orca anã, cujo cadáver foi encontrado no areal da praia de Castelo de Neiva, em Viana do Castelo. Marisa Ferreira, coordenadora da Rede Regional (Centro/Norte) de Arrojamentos da responsabilidade da Sociedade Portuguesa de Vida Selvagem e do CRAM – Centro de Reabilitação de Animais Marinhos,  diz que, no caso deste arrojamento, o “animal apresentava-se muito decomposto para avaliar a causa de morte, mas foi possível verificar que se tinha alimentado recentemente pois tinha peixe parcialmente digerido no estômago”. De acordo com a bióloga, Marisa Ferreira, esta orca (Ornicus Orca – nome científico), é um cetáceo da família dos golfinhos (Delphinidae). Este animal foi identificado  pelo seu dorso negro e a zona ventral branca. Tem também manchas brancas na zona posterior lateral do corpo e acima e detrás dos olhos.

 

Os machos podem medir até 10 metros de comprimento e pesar até 10 000 kg; as fêmeas são menores, chegando aos 8,5 metros e 6 500 – 7 500 kg. As orcas são predadores de topo, isto é, alimentam-se no topo da cadeia alimentar. Comem peixe de cardume (arenque, atum, e outras espécies) mas algumas populações também se especializaram em capturar outros mamíferos (por exemplo leões-marinhos nas costas da Argentina e focas na Antártida bem como crias de baleia). “Por serem predadores de topo, estão mais expostos à acumulação no seu organismo de pesticidas e metais pesados, sendo por isso a poluição um grave problema” – afirma a bióloga.

Mandíbula

A sobrepesca e a captura acidental em artes de pesca (redes de pesca e outras), são dos maiores fatores de ameaça para estas espécies.