A Persuasão do capitalismo em tempo de pandemia

A contenção da pandemia levou os portugueses ao confinamento, o qual assustou a população, instalando-se rapidamente o receio da falta de bens de primeira necessidade. O governo previamente afirmou que “Não há razões para uma corrida aos supermercados”, do mesmo modo as associações da cadeia alimentar da produção à distribuição, garantiam o normal fornecimento de bens para o toda a população, afastando o cenário de rutura de stocks. Mas, iniciaram-se campanhas que apelavam a “encher a despensa”, mensagens que subliminarmente começaram a aparecer de forma subtil estimulando o consumo que, rapidamente, se transformou num açambarcamento. Estas campanhas eram contrárias ao discurso oficial, revelando a faceta da sociedade capitalista e de consumo que, jogando com os medos e receios, revelam mais uma vez o consumo desenfreado, irracional e insustentável.

 

Hipermercado de Braga, dia 13 de março de 2020 // Diogo Martins

https://www.publico.pt/2020/03/12/economia/noticia/governo-nao-ha-razoes-corrida-supermercados-1907533

Diogo Martins