Apesar da grande presença da indústria no concelho famalicense, o centro da cidade conserva uma presença bastante significativa de espaços verdes e de vegetação nas suas ruas. Esta forte presença da natureza na vida dos famalicenses leva a um investimento pelo município de 6,8% das despesas totais para o ambiente, o que representa um bom investimento na qualidade do ar e de vida no centro da cidade.
A presença de árvores de grande porte nos espaços citadinos contribui não só para a diminuição do dióxido de carbono atmosférico, mas também para o abrigo de espécies essenciais para a manutenção da biodiversidade. Apesar dos seus múltiplos benefícios para a natureza, estes seres vivos (pelas suas grandes dimensões) cobrem alguns candeeiros, sinais de trânsito e passadeiras.
Este aspeto retira alguma visibilidade à via. Questões como a reduzida iluminação, falta de visibilidade da via e de sinais de trânsito aumentam o risco de acidentes de viação e, mais importante, aumentam o perigo de atropelamento- algo muito frequente nos centros agitados das cidades.Desde há vários anos que o número de atropelamentos tendo vindo a subir nas cidades portuguesas. A maior afluência de turistas, de trabalhadores e comerciantes nestes locais torna o tráfego de peões e automóveis cada vez maior, o que pode justificar um aumento ligeiro/ moderado da ocorrência anual destes acidentes. Contudo, em território famalicense estes números têm vindo a subir a um ritmo acelerado: o número de peões atropelados por ano subiu cerca de 55% desde 2016 até aos dados mais atuais.
Noutros concelhos do país com densidades populacionais idênticas, estes números demonstraram-se significativamente inferiores ao da cidade minhota. Antes que sejam tomadas quaisquer medidas que atenuem a ocorrência destes incidentes, é necessária uma cuidada análise das razões que produzem este fenómeno. Posteriormente a este estudo, algumas ações a aplicar pelos organismos famalicenses podem ser, por exemplo, a colocação de sinais de trânsito luminosos (especialmente perto de passadeiras), podas mais regulares e, apenas em última instância, o corte pontual de árvores.
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