O conceito de agricultura interior ou agricultura vertical não é nova, uma vez que a produção de estufa de tomates, uma grande variedade de ervas, e outros produtos tem estado em voga há algum tempo. O que é novo é a necessidade urgente de ampliar esta tecnologia para acomodar mais de 7 biliões de pessoas. Uma abordagem totalmente nova para a agricultura interior deve ser inventada, empregando tecnologias de ponta. A agricultura vertical deve ser eficiente – barata para construir e segura para opera).
As denominadas fazendas verticais, compostas por muitos andares, serão situadas no coração dos centros urbanos do mundo, onde a concentração populacional e a escassez de solos disponíveis a tornam uma solução interessante para os problemas de dependência do abastecimento alimentar dos grandes centros urbanos. Se implementadas com sucesso, estas oferecem a promessa de renovação urbana e requalificação de espaços urbanos desqualificados e deprimidos, a produção agrícola sustentável de uma forma segura (diminui a pressão sobre a agricultura intensiva horizontal e a pressão sobre os solos com aptidões agrícolas) e uma variada oferta de alimentos (produção agrícola durante todo o ano próxima do mercado consumidor, com impactos benéficos na qualidade alimentar e na diminuição dos custos associados ao transporte dos alimentos), já para não referir eventual reparação parcial de ecossistemas que foram sacrificados para a agricultura horizontal ou para a expansão urbana.
Existem, já no presente, muitas soluções domésticas para hortas urbanas e para aproveitamento tridimensional de espaço, estas dão oportunidade a quem vive em apartamentos, sem qualquer espaço exterior à excepção de uma varanda ou marquise, de cultivar os seus próprios legumes.
A empresa portuguesa UrbanGrow está actualmente a desenvolver vários kits de Hydroponic Urban Growing Systems, que passam por reutilizar diversos materiais comuns, como garrafas de plástico, para possibilitar uma horta urbana individual, com uma elevada taxa de produção e uma excelente qualidade, sem pragas, com baixa manutenção e, acima de tudo, com as despesas reduzidas ao mínimo.
Exemplo disso é uma horta vertical, assente no sistema “airlifting”, que passa por ter um garrafão de cinco litros como depósito de água, de onde sai um tubo de elevação, que, através de um compressor de 2W, leva a água até à primeira garrafa do sistema. As quarto garrafas são dispostas na vertical, umas a seguir às outras, de forma a que a água, que vai pingando do tubo, passe por todas até regressar ao garrafão. Com este sistema de hidroponia, as plantas são “enganadas” e não precisam de muita terra para crescer bastante, uma vez que, com água a pingar constantemente, as raízes não têm necessidade de espalhar-se.
Todas as garrafas são preparadas com um vaso com substrato orgânico, onde serão plantadas as plantas, que podem ser alfaces, rabanetes, ervas aromáticas, espinafres, agriões, etc. O sistema dá a possibilidade de cada pessoa ir tirando apenas a quantidade de legumes que precisa para cada refeição. Com uma alface, por exemplo, basta ir colhendo as folhas que precisa e a alface continuará a crescer, até ficar velha e ter que ser substituída.
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