Hábitos diários e o consumo sustentável da energia

Hábitos diários e o consumo sustentável da energia

Um estudo com alunos do 8º ano do Agrupamento de Escolas de Paço de Sousa

Neste artigo, fazemos uma breve apresentação dos recursos energéticos e apresentamos um estudo feito com alunos do 8º ano do Agrupamento de Escolas de Paço de Sousa sobre os hábitos diários e o consumo sustentável da energia.

Os recursos energéticos são quaisquer recursos naturais que possam ser aproveitados pelo ser humano para obter energia e são tradicionalmente divididos em recursos energéticos renováveis e em cursos energéticos não renováveis. Os primeiro têm uma taxa de formação superior ao seu consumo e não se esgotam, enquanto que em relação aos segundo acontece o contrário.

Como exemplos de recursos energéticos não renováveis, temos os combustíveis fósseis, que libertam para a atmosfera gases com efeito de estufa e outros gases poluentes; o urânio, usado na produção de energia nuclear, a qual tem todos os perigos que todos conhecemos. A utilização destas fontes de energia tem causado graves consequências para o ambiente, como mudanças de temperatura e consequentes alterações climáticas no planeta e chuvas ácidas.

Como exemplos de recursos energéticos renováveis temos as chamadas energias alternativas (solar, eólica, hídrica, geotérmica, biomassa, etc.). Estas são considerados inesgotáveis à escala humana, ajudam a reduzir as emissões de CO2, reduzem a dependência energética da nossa sociedade face aos combustíveis fósseis e conduzem à investigação tecnológica baseada em energias limpas e mais eficientes.

A eletricidade que nos chega a casa provém de várias destas fontes de energia, sendo que é publico que o nosso país está a apostar no reforço da produção de eletricidade a partir de fontes de energia renováveis.

Quanto às fontes de energia usadas e suas proporções, apresentamos a figura seguinte, na qual se percebe a aposta feita  na descarbonização energética.

Quanto aos hábitos de utilização energética pelos alunos e suas famílias, apresentamos o seguinte (de acordo com as respostas dadas pelos alunos do 8º ano):

Quase metade dos alunos (47,3%) raramente ou nunca deixa o carregador na tomada depois do telemóvel estar carregado

Pouco mais de um 1/3 dos alunos (34,2%) raramente ou nunca desliga a televisão apenas no comando

Cerca de 3/4 dos alunos (76,4%) desliga sempre, ou quase sempre, as luzes ao sair de cada divisão, sempre que não está lá ninguém.

Quase ¾ dos alunos refere que em sua casa as máquinas de lavar são usadas apenas quando estão cheias

Menos de 1/3 dos alunos (31,6%) diz que raramente ou nunca usa iluminação artificial quando a luz natural é suficiente

Menos de metade dos alunos (44,7%) diz que as lâmpadas usadas em sua casa são de baixo consumo, no entanto uma grande parte dos alunos (42,1%) diz que “não sabe”

Metade dos alunos diz não conhecer as fontes de energia usadas para gerar a eletricidade que chega a sua casa.

78,9% dos alunos diz que dá um grande contributo para haver poupança de energia em casa. Se acrescentarmos a este valo a percentagem de aluno que diz dar “algum contributo” atingimos valores de 94,7% de respostas.

Como formas de poupança de eletricidade, os alunos referiram:

• Escolher eletrodomésticos mais eficientes
• No Verão, manter as cortinas e estores corridos para não deixar entrar o calor e no Inverno fazer o contrário, para que o sol aqueça a casa.
• Não ligar sempre as luzes
• Uso moderado de aparelhos eletrónicos
• Usar a quantidade adequada de luz na divisão ou atividade
• Não deixar as luzes acesas
• Poupar a bateria dos dispositivos móveis
• Guardar ou retirar produtos do frigorifico de uma só vez
• Ligar as luzes só quando necessário. Aproveitar ao máximo a luz solar .
• Trocar as lâmpadas por outras mais económicas
• Trocar as janelas antigas por umas com melhor isolamento

Em conclusão, neste estudo percebe-se a importância dos recursos energéticos e a necessidade da sua utilização sustentável.

Os alunos e suas famílias têm comportamentos sustentáveis neste assunto, no entanto há ainda aspetos a melhorar, apresentando-se sugestões para tal.