A limpeza da praia de Alburrica

Cada vez mais ouvimos falar sobre a destruição dos ecossistemas e de medidas necessárias para que a Terra se torne mais sustentável. Nós, jovens, temos consciência de que o futuro depende de todos e que podemos, dentro das nossas comunidades, fazer a diferença.

Foi por essa mesma razão que, logo de manhã, nos encontrámos na nossa principal praia fluvial, localizada no estuário do Tejo. Separados em grupos e prontos para começar a trabalhar, fomos caminhando por todo o areal de Alburrica, mas também pela área vizinha da Quinta Braamcamp.

Dividimos os resíduos recolhidos, por cada grupo de alunos, em três categorias: um saco para o lixo indiferenciado (tapetes de carros, loiça descartável, tubos de PVC, pneus…), um saco para as embalagens recicláveis (garrafas de plástico, pacotes de sumo, latas de refrigerantes…) e um garrafão de plástico para as beatas. Quando acabámos o trabalho, fomos colocar os sacos junto ao ecoponto mais próximo, à saída da praia. Uns minutos mais tarde, uma equipa da Câmara Municipal veio recolher o lixo indiferenciado, quase na sua totalidade com destino ao aterro sanitário. As beatas e as embalagens recicláveis foram trazidas para a escola, para posterior recolha das últimas pela AMARSUL, no âmbito do projeto Eco-Valor.

Ao longo de toda a manhã, fomos conversando uns com os outros e foi assim que nos perguntámos como é possível, com tanta informação sobre os problemas ambientais que enfrentamos, haver ainda tanta poluição nas praias do Barreiro. O simples ato de deitar algo que usámos para o areal da praia e nos acessos ao mesmo é muito mais comum do que seria de esperar.

Peço, portanto, em nome de todos os jovens que fizeram comigo esta campanha de limpeza à praia, e a pensar no Ambiente, para que tenhamos mais cuidado com o que fazemos à nossa Terra. A praia de Alburrica e a Quinta Braamcamp são de todos, e cabe a todos também a responsabilidade de cuidar destes espaços.

Esta não foi a primeira iniciativa do programa Eco-Escolas na nossa escola, nem tão pouco a última. Provámos que somos jovens conscientes e com vontade de mudar as atitudes prejudiciais da qualidade ambiental do meio local.