Conservação e Valorização do Património das Regiões Cársicas
Água – Parque Natural da Serra de Aire e Candeeiros
O maciço calcário da Serra de Aire e Candeeiros tem vindo a ser fortemente afetado pela ação antrópica na região. Os recursos hídricos – reservas de água doce – têm vindo a apresentar-se cada vez mais escassos ao longo dos anos e, como tal, a valorização e preservação desta região é de extrema importância. A vida e desenvolvimento das populações habitantes na Serra tem vindo a ser condicionada por essa carência de recursos hídricos. Assim, muitos habitantes tendem a utilizar os telhados como condutores de água para cisternas. Por forma a combater todo este problema, uma das possíveis medidas a tomar será a criação de reservatórios de água para que seja armazenada com a finalidade de ser utilizada na agricultura, uma vez que a região em questão se carateriza pela escassez de águas superficiais. Para além de beneficiar a agricultura, a água também exerce, não só à superfície como sob a mesma, uma ação que permite a ocorrência dos fenómenos que caraterizam o modelo cársico, bastante notório na região.
O maciço calcário da Estremadura apresenta fraturas que possibilitaram a contínua e rápida infiltração da água da chuva no subsolo, o que levou à formação de diversas estruturas calcárias caraterísticas, desde grutas a algares, lapiás e dolinas, que devem a sua formação a um longo período de meteorização física e química das rochas. Uma dessas estruturas mais conhecidas é a Gruta do Algar do Pena que tem origem numa grande galeria em profundidade formada a partir da dissolução do carbonato de cálcio em água que se infiltrou.
Para além disso, houve também a formação de cursos subterrâneos de água que alimentam as reservas e nascentes temporárias ou permanentes da zona, como é o caso do rio Alviela que se situa na transição entre o Maciço Calcário Estremenho e a Bacia Terciária do Baixo Tejo, tendo a sua bacia de alimentação cerca de 180 km2 de extensão. Em períodos de maior precipitação a água é também expelida através de nascentes temporárias.
Também as lagoas Pequena e Grande do Arrimal, Porto de Mós, são pontos hídricos relevantes na região, tendo resultado da formação de pequenas depressões superficiais formadas por argilas que, por serem rochas impermeáveis, permitem a acumulação das águas pluviais. Para a valorização e conservação destas regiões há que sensibilizar as populações locais para a sua importância geológica. É necessário fazer o ordenamento correto do território e promover o turismo de natureza com o objetivo de divulgar e dar a conhecer uma zona única no nosso país que merece ser preservada e valorizada.
– Ana Catarina 11º Nº3
-Beatriz Norte 11ºB Nº6
– Catarina Dias 11ºB Nº9
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