Nos últimos dias, tem sido denunciado nas redes socais e meios de comunicação social, o aparecimento de centenas de peixes mortos na barragem de Santa Águeda, no concelho de Castelo Branco.Sabemos que a Guarda Nacional Republicana, em colaboração com a Agência Portuguesa do Ambiente, esteve no local onde procedeu à recolha de amostras de água para análise cujos resultados ainda não foram divulgados.
Falámos com a professora de Geografia, Manuela Costa, que, no dia 25 de abril, se deslocou à barragem de Santa Águeda e que nos disse que, na área onde esteve, junto ao paredão, não observou peixes mortos, pois já deviam ter sido recolhidos pelas entidades competentes, nomeadamente pela Divisão de Serviços Técnicos de Recolha de Resíduos, Higiene e Limpeza dos Serviços Municipalizados de Castelo Branco. Contudo, a professora sabe de fonte fidedigna que continuam diariamente a aparecer muitos peixes mortos na barragem. A professora declarou ter encontrado algum lixo deixado pela população que utiliza aquele espaço para tempos de lazer. Disse-nos ainda que é de lamentar que aconteçam fenómenos destes, como a morte dos seres vivos já referidos ou o lançamento de resíduos naquela área, porque se trata de um ambiente muito agradável e tranquilo onde se pode ouvir o cuco a cantar e outras aves, pelo que, deve ser preservado e cuidado por todos.
De referir que na área, como se pode ver num cartaz que está afixado junto ao paredão da barragem, existem diversas espécies de aves como patos, principalmente pato-real e frisada, galeirões, mergulhões-de-poupa, corvos-marinhos e garças. Durante a primavera, são frequentes o milhafre-preto e a águia-calçada. A águia-pesqueira e o milhafre-real podem aparecer durante o inverno.
Em declarações ao Jornal Reconquista, Samuel Infante, dirigente da Quercus de Castelo Branco, entidade que integra a Plataforma de Defesa da Albufeira de Santa Águeda/Marateca, garantiu que “todos os outros problemas ambientais denunciados pela plataforma continuam ou estão piores, nomeadamente os caminhos, as construções ilegais, o abeberamento de gado na massa de água da albufeira, as plantações ilegais” entre outros casos.
Aguardamos os resultados da investigação que está a ser feita pelas autoridades competentes de modo a que estes desastres ambientais não se repitam e que a água da barragem continue a ser de qualidade pois é lá que é captada e tratada a água que abastece a cidade de Castelo Branco.
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