Cada vez mais os grandes festivais, como o Rock in Rio, têm a iniciativa de adotar medidas para a promoção da saúde, com ofertas alimentares mais equilibradas e nutritivas.
Para além das bancas alimentares de Fast Food, a organização do Rock in Rio introduziu, nesta edição, um novo conceito de alimentação presente no espaço “Continente Chef ‘s Garden”. O objetivo é proporcionar a todos os visitantes opções mais saudáveis e sustentáveis, assim como reduzir o desperdício alimentar.
Entrada da nova área alimentar do Rock in Rio, espaço dedicado à alimentação saudável e sustentável
Neste espaço são confecionados por quatro chefs de renome: Vítor Sobral, Justa Nobre, Noélia Jerónimo e Miguel Castro e Silva, a quem foi proposto o desafio de integrar no menu os ecossistemas mais representativos da gastronomia portuguesa: agricultura e pecuária, floresta, mar e rios. Roberta Medina, vice-presidente executiva do Rock in Rio, refere que “quando estivermos a comer um prato delicioso vamos ter Portugal representado!”
O conceito de trazer uma alimentação mais sofisticada para a cidade do Rock tem vindo a ser implementado desde 2017, contudo, este ano foi reforçada a importância de comer bem, “não só a nível da quantidade, para não haver desperdício, mas também para saciar, a nível nutricional”. O recurso a produtos locais e sazonais e a consequente redução da pegada carbónica é outras das preocupações, porque “Portugal tem uma pegada carbónica enorme com a alimentação, pois importamos muitos produtos” afirma Roberta Medina, ideia que foi reforçada por Nuno Nobre, coordenador do Chef ‘s Garden e consultor gastronómico.
Muitas são as opções gastronómicas disponíveis nesta edição do Rock in Rio
A aposta na vertente da sensibilização foi uma novidade da edição 2022. O espaço “Continente Chef’s Garden” integra 400 lugares sentados e um palco (Chef’s Stage), e pretende chamar a atenção do público para a necessidade de adotar uma alimentação sustentável, através de conversas sobre sustentabilidade. Nuno Nobre refere: “no “Continente Chef’s Garden” não tentamos apenas criar pratos magníficos, sendo o objetivo pegar em produtos sazonais e locais, aproveitá-los a 100% e materializá-los nas receitas e no palco, onde os convidados passarão mensagens sobre a sustentabilidade, o desperdício e as escolhas dos consumidores”. Ainda que o menu procure contemplar opções para todos, a oferta de pratos vegetarianos pode ser melhorada no futuro, refere a nutricionista Bárbara Oliveira.
Os preços, quer dos das opções mais saudáveis, quer de fast food sofrem um agravamento do seu valor de cerca de 20% face aos valores praticados fora do recinto do festival.
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