Na cidade da Lousã encontra-se o Museu Etnográfico Dr. Louzã Henriques, onde é possível encontrar vestígios do paleolítico, testemunhas da época medieval e vestígios relacionados com a invasão Francesa, que nos ajudam a perceber melhor como foi o desenvolvimento desta vila.
Atletas de BTT começaram a procurar esta zona, devido às condições do território e a organizar Rallys, que serviram de publicidade, para o povoamento das aldeias de xisto. Perante esta situação, a câmara tentou adotar medidas de maneira a fazer com que estes eventos, com cerca de 3 mil pessoas, se tornassem mais sustentáveis.
Depois de entrar neste museu, podemos ficar a conhecer um pouco mais da história da Lousã. O castelo, que no século XI era utilizado como forma de afirmação da realeza, manteve-se com importância até ao século XIV. A partir desta data deixa de
ter tanta relevância, pois as forças políticas estavam mais viradas para Espanha e para as invasões muçulmanas.
Mais tarde, no início do século XVII, fundou-se a Fábrica de Papel do Prado, localizada nas margens do Rio Ceira, que funciona aproveitando a força motriz da água. Esta fábrica ainda hoje se encontra em funcionamento.
O desenvolvimento da agricultura, através da introdução de novas culturas como o milho e batata, que vêm complementar o uso do trigo, centeio e cevada, foi outro fator, que juntamente com a introdução do comboio em 1906, ajudaram a transportar Lousã para o século XX.
Devido à dificuldade da atividade agrícola, a população começou a abandonar as aldeias e a emigrar, procurando melhores condições de vida, estando entre os principais destinos o Brasil.
No entanto, devido à forte industrialização sentida nos anos 80, as pessoas começaram a procurar mais espaços calmos e relaxantes, encontrando uma fonte de conforto nesta região. Mais estrangeiros começaram a integrar o país e os portugueses redescobriram estas aldeias como destino de férias.
Após perceber a potencialidade desta zona, a câmara começou também a desenvolver trabalhos no sentido de aproveitar e promover estas aldeias.
Ainda com a intenção de melhorar a acessibilidade, o projeto do sistema de mobilidade “Metro Mondego está em fase de implementação, que conectará a Lousã a Coimbra, contribuindo para o desenvolvimento económico e social, para a integração territorial e para o planeamento e ordenamento urbano.
Atualmente as aldeias de xisto são uma das principais fontes de atração turística, devido às suas particularidades e à sua componente verde e relaxante.
“As aldeias de xisto são um produto extremamente importante para nós. Para além de nos posicionarem no presente, são uma imagem perfeita do que foi o nosso passado, mas também promovem de forma consciente e ambientalmente sustentável o nosso futuro”, segundo João Santos, vereador do desporto e juventude da Câmara Municipal da Lousã.
Devido à existência de vários serviços e ao enquadramento natural, a Lousã nas palavras do vereador, apresenta-se como “local para se viver um dia ou uma vida inteira”.
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