Como antecipação à regulamentação nacional (de obrigatoriedade de separação de bioresíduos), que irá entrar em vigor no ano de 2024, a Câmara Municipal de Sintra implementou um sistema de deposição seletiva, como forma de tentar consciencializar a população local, para a importância de separar os restos de comida.
Lançado em 2020, este sistema começou por estar disponível a setores específicos presentes no município, passando a estar em outubro de 2022, disponível a toda a população do município.
O processo de adesão assume uma forma muito simplificada, bastando preencher um formulário disponibilizado de forma online, devendo, posteriormente, aguardar pela entrega, no domicílio, de um balde castanho e de sacos verdes, destinados, exclusivamente, à recolha de bioresíduos (restos de comida).
Sendo um projeto município de Sintra, Basílio Horta, Presidente da Câmara Municipal, assume que esta iniciativa “é de extrema importância pela sua contribuição em matéria ambiental, ao estar diretamente relacionado com o objetivo de reduzirmos a quantidade de resíduos enviados para o aterro (…)” (Sintra Notícias, 2023), ressalvando ainda que a prioridade é continuar a melhorar a pegada ecológica, com o objetivo de abrandar as alterações climáticas à escala global. (Sintra Notícias, 2023)
Este sistema recém formado abrange uma grande quantidade de resíduos que são permitidos para colocação no respetivo contentor castanho (dentro do saco verdade disponibilizado): que vão desde restos de alimentos crus e cozinhados até aos alimentos fora da validade, bem como cascas de ovos, borras de café, saquetas de chá e guardanapos de papel. Todos estes alimentos e restos de comida devem ser colocados no saco verde, fechado com dois nós, que deve ser, posteriormente, deixado nos contentores indiferenciados.
Ademais, por um sistema de adesão gratuita, os SMAS concedem ainda um desconto monetário de 1€ (um) mensal, aplicado na fatura da água. Em adição, para além deste desconto simbólico, os munícipes de Sintra têm assim uma oportunidade de fazer a diferença no panorama local e nacional, evitando que mais de 200 quilos de comida cheguem ao lixo, sem que seja feita uma separação, com vista à transformação em compostos agrícolas ou matérias essenciais para a produção de biogás (como o nome indica, um biocombustível).
Mas fica a questão no ar: será que Portugal está preparado para oficializar a recolha obrigatória de bioresíduos (restos de comida) em 2024, tendo em conta a sua baixa taxa de reciclagem (de apenas 21%, em 2022)?
Resta apenas perguntar: Já lanchou hoje?
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