ROCK IN RIO HUMANITÁRIO E GLOBAL

Quarenta e duas mil pessoas entraram no parque da Bela Vista para assistir ao primeiro dia do Rock in Rio-Lisboa 2012. O ambiente foi, claramente, de diversão: muita música, diversas actividades e muita cor para além do preto das camisolas. Esse ambiente esteve, sem dúvida, assegurado – e o outro ambiente? Aquele de sentido lato? De facto, tudo se passou sob um espaço verde repleto de depósitos para resíduos, mas o chamado “lixo” nem sempre teve o destino que devia: falo do chão, claro, o contentor preferido em situações de preguiça e “desatenção”.
No entanto, os estragos ambientais (não só os feitos no recinto durante o dia de ontem, mas os que se fazem todos os dias) estavam a ser prevenidos por uma pequena banca encarnada: a AMI também foi ao Rock in Rio-Lisboa defender “uma acção humanitária global” – afinal, reciclar sempre pode ajudar os outros. Sempre pôde, mas às vezes é preciso um empurrãozinho para que seja claro e este impulso consiste em entregar produtos electrónicos inutilizáveis e radiografias à associação não-governamental, para que uma percentagem possa reverter para algumas acções e campanhas.

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A parceria que a AMI tem com empresas de electrónica, para além de ajudar em situações extremas por todo o mundo, como “é o caso da Guiné, que agora está em guerra”, como referiu José Cordovil (52 anos), representante da associação no RIR, numa conversa com os Jovens Repórteres para o Ambiente, permite a recolha (através da sensibilização) e a utilização “dos diversos materiais que depois podem ser utilizados para outros fins, sem que tenham de ser produzidos outra vez”. Assim, não se pedindo que entreguem tudo no momento, pretende-se que, no evento, “as pessoas que vêm ao RIR noutro dia, possam trazer e deixar cá” aquilo que já não utilizam.

Estas campanhas permitem, por tudo isto, o chamado efeito 2 em 1: ajudar pessoas em todo o mundo e ajudar todo o mundo a melhorar ambiental e socialmente. Assim, servindo-me do slogan da AMI, proteger o ambiente também é “uma acção humanitária global”.

 

José Chen, Mariana Martinho e Cláudia Silva

26.05.2012

 

José Chen, Cláudia Silva, Mariana Martinho