Elétrico de Sintra: uma viagem no tempo

A vila de Sintra é reconhecida pelos seus elétricos como meio de transporte, devido à sua existência de 120 anos. O elétrico que efetua, atualmente, o percurso entre vila de Sintra e a Praia das Maçãs, sendo estes usados não só pelos turistas, mas também por pessoas da região.

Com o intuito de ligar a Vila de Sintra a Colares, em 1886, surgiu a ideia de criar um elétrico que cumprisse com este percurso, sendo concluído em 1904. Posteriormente, foi expandido até à Praia das Maçãs, tendo um trajeto de aproximadamente 11 quilómetros e 8 paragens. Após um período de interregno desde 1974/75, o elétrico retomou os seus serviços, de forma completa, em 2004.

Numa viagem de cerca de 45 minutos e ao longo do percurso do elétrico, é possível observar a diversa fauna e flora que a Serra de Sintra tem para oferecer, bem como os diversos monumentos e património presentes, como é o caso do Palácio da Pena, do Palácio e Jardins de Monserrate e o Castelo dos Mouros, que valeram a esta vila o estatuto de património mundial da UNESCO em 1995.

Para conduzir os elétricos, os guarda-freios são responsáveis por essa tarefa. Segundo João Cristóvão, guarda-freio desde 2010, os idosos que apanham estes elétricos, sentem nostalgia do passado e, quando veem este meio de transporte, acenam e sorriem, representando uma sensação de alegria e uma viagem pelo passado. Atualmente, o turismo de Sintra é alvo de crítica pelos seus residentes, uma vez que no centro histórico têm se verificado queixas referentes à confusão e enormes filas que existe nos transportes públicos turísticos. Existem medidas por parte do município para mitigar este efeito e alargar a linha do Elétrico até ao centro da Vila de Sintra, mas ainda não foram apresentadas medidas concretas.

Os elétricos para além de serem um meio de transporte público e turístico, representam uma parte histórica para o Município de Sintra, onde os seus habitantes e turistas conseguem experienciar como é viajar nos tempos antigos.

Beatriz Oliveira, Diogo Simões, Margarida Conde