O grupo de professores participante no encontro JRA 2016, na sua saída de campo, no dia 18 de novembro, visitou o Museu do Papel e sua envolvência, nomeadamente, a ribeira de Rio Maior, em Paços de Brandão.
O Museu do Papel situa-se nas instalações de duas antigas fábricas de papel, construidas sobre a ribeira , que foram adquiridas pela autarquia em 1989 e apresenta o espólio museológico da indústria do papel do concelho. A energia aí utilizada para a produção do papel era proveniente da água da ribeira que ladeia o espaço.
Os visitantes foram bem recebidos numa área muito acolhedora, onde não se vislumbrava ainda aquilo com que se iriam confrontar. Ao visitarem as várias secções de produção e secagem do papel, depararam-se com uma ribeira de aspeto turvo e com espuma branca que emanava um odor desagradável.
Face à produção industrial do museu que actualmente é residual, pois labora cerca de uma vez por mês, facilmente se conclui que a mesma não justifica os níveis de poluição aquática aqui observados.
Perante tal facto podemo-nos questionar acerca das preocupações da autarquia, que promovendo a preservação das memórias industriais, descura a valorização e a sustentabilidade do curso de água, que ladeado por imensa vegetação exótica, desagua na Barrinha de Esmoriz, constituindo assim mais um factor agressor deste ecossistema.
Qual o papel a nível ambiental desempenhado pela autarquia junto das indústrias que a montante do museu poluem as águas desta ribeira? Qual o seu plano de ação, então, para preservar o presente e cuidar do futuro?
Goreti Rocha; Dulce Sá; Paula Quental; Dina Santos; Amadeu Sousa; Álvaro Reis; Carla Teixeira
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