A cortiça, proveniente do sobreiro, espécie autóctone e árvore nacional de Portugal, está essencialmente situada na bacia do mediterrâneo e em Portugal na zona compreendida entre o Alentejo e o Algarve.
O montado, constituído maioritariamente por sobreiros, ocupa cerca de 736.000 hectares do território nacional sendo benéfico para o ambiente, visto que, por cada hectare existente, absorve 14 toneladas de dióxido de carbono combatendo as alterações climáticas.
A extração da cortiça é realizada manualmente por agricultores especializados, para não danificar a árvore. O descortiçamento é feito a cada 9 anos, a partir do momento que o sobreiro atinge os 25 anos de idade.
A Corticeira Amorim, fundada há 146 anos, diverge em quatro ramos que se distinguem por diferentes funções ligadas à arte corticeira.
A Amorim Cork Composites, uma dessas empresas, reaproveita os desperdícios resultantes do fabrico das rolhas de cortiça. Estes, por sua vez, formam aglomerados e granulados que são reutilizados, mantendo as características originais da cortiça.
A crescente procura desta matéria-prima 100% natural deve-se, entre outras razões, ao facto de apresentar uma boa capacidade de isolamento térmico e acústico, ser impermeável, ser hipoalergénica e apresentar uma combustão lenta. Por isso está presente em vários componentes mecânicos e aeroespaciais.
É de salientar, a utilização crescente deste material em diversos setores ligados ao design, imobiliário, decoração, utensílios quotidianos, vestuário, desporto e até na engenharia aeroespacial.
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