Uma questão de raça

A APAMG (Associação Protetora dos Animais da Marinha Grande) resgata, por ano, muitos animais (alguns ficam na associação e outros são encaminhados para Famílias de Acolhimento Temporário) o que torna difícil contabilizar o número exato de animais recolhidos por ano.

A APAMG (Associação Protetora dos Animais da Marinha Grande) resgata, por ano, muitos animais (alguns ficam na associação e outros são encaminhados para Famílias de Acolhimento Temporário) o que torna difícil contabilizar o número exato de animais recolhidos por ano.

Estes animais têm de ser esterilizados. Só em 2015, foram esterilizados cerca de 188 animais e foram realizadas outras cirurgias necessárias a 21. É cada vez mais difícil tomar conta e tratar destes animais visto que, em 2015 apenas 337 foram adotados. Esta é uma associação sem fins lucrativos e sem qualquer apoio estatal, que sobrevive apenas com donativos.

De acordo com o Serviço de Proteção da Natureza e do Ambiente (SEPNA), no primeiro trimestre de 2016 foram registadas mais 243 denúncias de maus tratos a animais do que no igual período de 2015, dados que correspondem a um aumento de 25%. Sabemos também que a maioria dos crimes (55% a 60%) são cometidos contra cães. Ainda não há dados correspondentes a 2017, mas o que que nos reservará o futuro?

De acordo com o artigo 388.º do Decreto-Lei n.º 69/2014, de 29 de agosto “Quem, tendo o dever de guardar, vigiar ou assistir animal de companhia, o abandonar, pondo desse modo em perigo a sua alimentação e a prestação de cuidados que lhe são devidos, é punido com pena de prisão até seis meses ou com pena de multa até 60 dias”.

Rita Gomes Simões