Por trás do Rio

Espaços verdes, natureza, aves, biodiversidade... assim desejamos ver o nosso rio Antuã. Mas será mesmo assim?

O rio Antuã nasce em Monte Alto, Romariz e desagua na Ria de Aveiro. Este rio em alguns locais, como São João da Madeira e na Vila de Cucujães, é conhecido como Rio Ul. No concelho de São João da Madeira, existe o Parque Urbano, frequentemente chamado de Parque do Rio Ul.

Definir concretamente qual é o braço principal do Rio Antuã é uma questão muito polémica e de controvérsia, uma vez que o rio Ul e o rio Ínsua têm caudais idênticos.

Fizemos varias pesquisas na internet e também na  biblioteca da escola, em livros acerca do rio Ul e do parque do rio Ul, mas não encontrámos respostas reais  acerca de qual é o braço principal do Rio Antuã.

Visitamos três locais para poder ver e fotografar  a realidade da poluição no rio  e nas margens.  Um dos locais foi o Parque do Rio Ul, em São João da Madeira. Fomos para o campo perceber o estado em que se encontrava o rio e se a poluição era visível ou não. Captámos várias imagens, no terreno, onde não foi visível qualquer tipo de poluição no rio Antuã.

Outro local que visitámos foi o Parque Temático Molinológico, localizado nas freguesias de Ul e Travanca, a sul da sede do município de Oliveira de Azeméis. Um local silencioso e com uma paisagem campestre agradável.

Através do site da Câmara Municipal de Oliveira de Azeméis compreendemos que na opinião dos mesmos, os rios que passam  por este parque são o rio Antuã e o Ul, seu afluente. Neste local encontrámos bastante poluição, possivelmente orgânica e  química. Não conseguimos confirmar esta informação uma vez que ninguém nos quis dizer abertamente qual, ou quais, as fontes poluidoras. Será por medo de prejudicar a industria? Não sabemos.

O que sabemos é que as várias imagens que captámos expõem o estado lastimoso em que se encontra o rio Ul. Esta poluição pode ser prejudicial a vários níveis, desde envenenamento de espécies animais à contaminação de campos agrícolas e das margens do rio.

No percorrer do caminho, em redor do Parque Temático, puderam ser vistas várias zonas bastante poluídas, uma vez que quando o rio transpunha qualquer pequeno açude, era criada uma persistente espuma branca.

Também visitámos a Bioria, localizada em Estarreja, distrito de Aveiro, local natural e com aves de grande porte. Um espaço tranquilo e silencioso, onde foi visível alguma poluição, mas não tanto como no Parque Temático Mólinologico. No decorrer da visita, percorremos um itinerário de 8 km onde, a meio do percurso, por volta dos 4 km foi realmente visível o rio. Neste local, como no parque Temático, foi visível alguma espuma derivada de poluição química ou orgânica, após a descida do rio através de uma pequena queda de água.  

Sara Alexandra Almeida Pinho e Maria Salgado Guimarães