A mais antiga fábrica de papel do país situa-se na vila da Lousã e conta já com quase 300 anos de existência. A Lousã foi o local escolhido para a construção da fábrica de papel do Prado devido à necessidade da proximidade com água, neste caso a ribeira de S. João. A fábrica de papel é a 2ª maior criadora de emprego na Lousã embora conte apenas com 130 trabalhadores. Esta fábrica é especializada na produção de papel de 1ª classe, nomeadamente a cartolina, que depois é vendida em Portugal, mas principalmente no estrangeiro
Sendo esta indústria uma das mais poluentes, a Prado investiu em soluções para minimizar o seu impacto ambiental, entre estas a criação de uma ETAR com vista ao tratamento dos 70 mil litros de água que gastam por hora. Na ETAR a água sofre o seu tratamento dividido em tratamento primário, secundário e ozonização. O primeiro consiste na filtração, o segundo num tratamento químico, sendo que quando a fábrica produz papel de cores fortes (vermelho vivo, verde escuro ou preto) é necessário um terceiro tratamento para a remoção do corante da água (ozonização).
A pasta de papel utilizada na fábrica é feita exclusivamente de eucalipto pois este cresce com uma elevada rapidez e é mais económico. Apesar de todos os problemas ambientais relacionados com a monoprodução de eucalipto existe a preocupação em adquiri proveniente de Florestas Sustentáveis certificadas com o FSC – Forest Stewardship Council, que se trata de uma organização não governamental de âmbito internacional, que visa uma gestão florestal responsável. Outras opções que poderiam ser utilizadas na produção de pasta de papel, embora menos rentáveis, seriam a bétula, o choupo e o pinho.
Grupo 2, Mara Estulano, Carlos Gonçalves, Eduarda Ventura, Maria Cravo, Paulo Teixeira
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