A visita foi conduzida pela engenheira Ana Maria Barata, responsável pelo banco desde 1998, que dirigiu várias perguntas aos alunos sobre as hortas cultivadas no Agrupamento, nomeadamente sobre o tipo de plantas cultivadas e as sementes utilizadas.
A visita ao Banco de Germoplasma Vegetal permitiu aos participantes conhecer a grande variedade de certos alimentos, como as batatas, os tomates, os pimentos, as leguminosas ou o milho.
De acordo com os dados fornecidos pela responsável, existem cerca de quatro mil e 500 entradas de colheitas no banco de germoplasma, que são conservadas em arcas frigoríficas a – 18 °C. O milho é um dos cereais conservados no banco (ex: milho doce, milho normal), para além das sementes de diversas espécies (ex: feijão frade, grão de bico, feijão branco). Todas as colheitas são avaliadas de acordo com parâmetros de viabilidade e de teor de humidade, entre outros.
Questionada sobre a importância do banco na conservação da biodiversidade vegetal, Ana Maria Barata deu o exemplo do conflito armado sírio. O Banco de Germoplasma Vegetal da Síria enviou para o Norte de África um duplicado das sementes produzidas localmente, para que, quando houver paz, se possa voltar a plantar sementes provenientes de cereais da região.
A opinião dos participantes foi consensual em relação à importância de conhecer este género de infraestruturas tão importantes para a conservação da biodiversidade vegetal. Tratou-se de uma experiência de aprendizagem profundamente enriquecedora.
O Banco Português de Germoplasma Vegetal é o único organismo em Portugal que promove a conservação vegetal, sendo considerado um dos melhores do mundo, a par do Silo Global de Sementes de Svalbard (Svalbard Global Seed Vault), situado na Noruega. Em conjunto com outras colecções nacionais espalhadas pelo país, o banco recolhe sementes de espécies cultivadas pelo Homem, bem como de espécies silvestres, conserva, avalia, documenta e fornece sementes aos produtores que procurem o banco.
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