A criação de um corredor ecológico é uma iniciativa integrada no projeto “25 mil árvores até 2025”. Este é um projeto promovido pelo Município de Vila Nova de Famalicão e tem como principal objetivo reabilitar aproximadamente 25 hectares do território concelhio até 2025, através da plantação de 25 mil árvores de espécies autótones em áreas urbanas, espaços rurais, ao longo das linhas de água e em montes e serras. O projeto, que arrancou em setembro de 2016, envolve voluntários de várias escolas do concelho na plantação de árvores e em ações de sensibilização. Esta iniciativa teve o apadrinhamento do Engenheiro Pedro Teiga, que é formado em Engenharia do Ambiente pela Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro e obteve o Grau de Mestre na Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto.
A criação deste corredor ecológico nas margens do rio Este, num troço de cerca de 200 metros, foi selecionada pela autarquia por reunir as condições ideias para a conservação da biodiversidade local e fomento das condições necessárias para o regresso de algumas espécies de aves, em especial, da espécie guarda-rios. Antes dos eco voluntários colocarem mãos à obra, Pedro Teiga explicou o que iria ser feito, como iria ser feito e o porquê de o fazerem dessa forma. As espécies escolhidas para este corredor ecológico foram os salgueiros e os amieiros. Os amieiros foram colocados em planta e os salgueiros em estaca e em planta. Estas espécies ocuparam zonas diferentes na margem do rio, de acordo com as suas funções, assim, o salgueiro em estaca foi colocado mais próximo da margem, nas zonas mais húmidas e com uma distância entre estacas de 5 metros, desta forma, iriam crescer mais rápido que as restantes e assegurar a sombra necessária nas margens.
Pedro Teiga quis que todos os eco voluntários soubessem pelo menos o nome científico da espécie de salgueiro que estavam a plantar, o Salix atrocinerea, criando desta maneira, um momento animado para os eco voluntários. Seguiu-se o trabalho complexo e duro de fazer os furos para as estacas, cavar os buracos para as plantas dos salgueiros e os amieiros, seguindo todas as instruções anteriormente dadas. Os alunos formaram equipas de trabalho, pegaram nas ferramentas necessárias e demonstraram-se muito motivados e empenhados.
O testemunho da aluna Marta Araújo, do grupo JRA (Jovens Repórteres para o Ambiente) não deixa dúvidas sobre onde estava o foco do trabalho: “Penso que estamos a contribuir para que este rio volte a ter a vida que já teve outrora. Espero voltar para ver o resultado deste trabalho e encontrar árvores a crescer fortes e a fazer o seu trabalho. Gostei muito do trabalho em equipa e da interajuda com os colegas de outras turmas.”
As últimas palavras de Pedro Teiga para os eco voluntários foi no sentido de sensibilizá-los para que plantar uma árvore significa muito mais do que lançá-la à terra… significa visitá-la regularmente e acompanhar o seu crescimento, de forma a garantir as condições necessárias para que cumpram o seu papel e as funções para as quais foi aqui colocada.
Os Greener’s são um grupo de eco voluntários do Oficina – Escola Profissional do INA, que fazem parte do conselho Eco-Escolas e assumem o compromisso de dinamizar o programa Eco-escolas.
Um pequeno gesto hoje, pode ser uma grande mudança no futuro.
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