No Jardim Zoológico de Lisboa é realizada uma apresentação de aves e mamíferos duas vezes por dia, esta destina-se à promoção da educação para a conservação da biodiversidade.
Os visitantes podem encontrar diversas espécies de aves. Catatuas, araras, papagaios e águias mostram ao público exactamente o que fariam se estivessem no seu habitat natural como por exemplo, voar, comer e emitir sons consoante o seu bem-estar. Por outras palavras, quando o treinador incentiva a ave a fazer voos rasantes, corridas ou a procurar comida escondida por ele, está também a promover atividades que eles fariam in situ.
Também de extrema importância é a relação que se estabelece entre o treinador e o animal que assume uma importância fulcral no seu bem-estar. A partir do momento em que são recebidos no Jardim Zoológico, são tomados em atenção diversos aspectos. Em primeiro lugar, cada animal recebe no máximo dois treinador, isto porque, a base da relação entre os treinadores e os animais está relacionada com o reconhecimento olfativo e vocal. Portanto, quanto menos pessoas treinarem e tratarem um animal, maior será sua proximidade com o mesmo. Em segundo lugar, a forma como os treinadores manejam a sua luva é extremamente essencial. Os treinadores de reptéis e especialmente os de aves utilizam frequentemente a luva, não só para pegar no animal, como também para realizarem os treinos. A ave não pode associar medo ou dor a este objecto, correndo o risco de esta ser rejeitada, nestes casos podendo ficar em causa a relação de confiança estabelecida entre os dois. Quando os animais confiam no seu treinador e este é paciente, todo o tipo de treino é conseguido com sucesso, neste casos recebe sempre um “prémio”, como comida ou afecto.
Todos estes fatores são testados na “prova final”, a apresentação no “Bosque Encantado”, onde é comprovado não só o sucesso do longo processo de enriquecimento ambiental, como também a relação de proximidade entre o treinador e o animal.
Grupo B: Alessandra, Flávio e Mariana.
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