Porque não pegar nas botas e no casaco e aventurar-se pela “Rota do Sol Nascente”? Este é uma das 14 pequenas rotas que qualquer pessoa pode explorar em Arouca, a capital do pedestrianismo.
Foi com este objetivo que alunos e professores, participantes no seminário nacional dos Jovens Repórteres para o Ambiente (JRA), a decorrer em Arouca nos dias 16 e 17 de Novembro de 2013, percorreram parte deste trilho, localizado na freguesia de Moldes.
Por ser circular, este percurso pode ser iniciado em qualquer dos lugares por onde passa. Optámos por percorrer a subida desde a Igreja Matriz de Moldes a Bustelo.
Castanheiros, pinheiros, carvalhos e sobreiros são apenas algumas das espécies arbóreas que podem ser observadas e sentidas ao longo do trilho. Impossível não reparar na biodiversidade presente, nos cheiros envolventes e nos sons que a Natureza nos oferece. Os tons quentes desta estação refletem-se ao longo deste percurso, através de um manto de folhas e ouriços que se fazem ouvir a cada passo.
Frágeis e pequenos, os cogumelos emergem timidamente desse manto. Amanita muscaria e Sparassis crispa são dois exemplos deste tipo de fungos, não comestível e comestível, respetivamente, que se podem encontrar, com frequência, nesta época.
Ao contrário dos cogumelos pode arriscar provar uma das variedades de castanhas, características desta região (Amarelal, Longal, Judia). Arouca destaca-se pela abundância de castanhas, realizando-se, inclusivamente, o Festival Castanha, que, desde há três anos, tem vindo a ganhar relevância.
Curiosamente, a castanha da região tem-se, cada vez mais, tornado num complemento económico a nível familiar. A procura deste produto levou a que um maior número de famílias se dedicasse à apanha e venda do mesmo. Podemos também encontrar, na Feirinha do Agricultor, castanhas e derivados (como broa de castanhas) à venda, a um preço mais acessível.
As deliciosas castanhas, a biodiversidade da fauna e flora e os percursos pedestres, são alguns dos fatores que tornam Arouca um concelho singular, com características ambientais únicas em Portugal. Como disse José Hermano Saraiva: “Viver em Portugal e não visitar Arouca, é tal qual ir a Roma e não ver o Papa!”
Haverá então melhor maneira de nos encontrarmos com a natureza, do que irmos ao encontro dela?
Autores, Grupo A4
Ana Cunha, Carlos Gonçalves, Carolina Brandão, Claudia Simões, Henrique Joaquim, Joana Mendes, Jorge Lopes, Rafaela Silva, Sara Castro.
Monitora: Joana Pedro
Coordenadora: Tânia Vicente
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