No dia 27 de maio, os polícias de segurança pública responsáveis pela segurança do recinto do Rock in Rio, foram entrevistados de modo a averiguar de que forma se mobilizavam no terreno. Bicicletas e segways facilitam o acesso rápido a qualquer local do recinto, assim como garantem uma melhor visibilidade do mesmo.
Quando questionada sobre os meios de mobilidade utilizados na vigilância do recinto, a polícia de segurança pública afirma ser uma boa medida a utilização de bicicletas e segways, pois para além de ser prática tendo em conta o tipo de terreno, também se verifica o bem que faz, quer à mente quer à saúde. Oferece igualmente uma maior visibilidade do terreno e do público e permite aceder a qualquer local mais rapidamente. Com uma média de 70 000 pessoas por dia, esta inovadora forma de transporte permite reforçar as medidas de segurança, tornando-as mais eficazes.
Esta estratégia de segurança através da utilização de segways não decorre apenas no Rock in Rio, também é desenvolvida no exterior durante todo o ano, com maior ênfase na baixa da cidade de Lisboa.
Em relação ao feedback do público perante esta inovação, de acordo com a PSP, as reações são muito positivas principalmente por parte das crianças pois acham engraçado e algo de invulgar. Também em conversa com os festivaleiros se apurou que existe uma boa reação por parte dos mesmos, consideram ser uma ótima ideia, muito útil, rápida e favorecedora para o ambiente.
A PSP indica que o único constrangimento é a fadiga, causada pela exigência do rigor e da qualidade da segurança dos festivaleiros, sendo que trabalham em turnos de 7 horas e devido a terem vários locais para vigiar, como afirmaram “desde a porta 1 até a porta 10, sendo que a porta 10 é mesmo por trás do palco principal”.
A utilização de bicicletas e segways contribui para o cumprimento dos objetivos da mobilidade sustentável e responde ao combate à poluição de veículos movidos a combustíveis fósseis. A caminho de aumentar es
te tipo de mobilidade, os polícias afirmam que podia haver mais membros equipados com este transporte pois obtêm um melhor desempenho nas suas funções. Porém, por questões que os ultrapassam, não é possível haver mais apoio técnico.
Hugo Abreu, comissário da PSP, constata que o Rock in Rio não é o primeiro festival com uma política de utilização de transportes de mobilidade sustentável. A utilização de viaturas elétricas “Nissan leaf”, e de bicicletas, já foram utilizadas noutros eventos. Contudo, o Rock in Rio foi pioneiro no que toca às patrulhas em segway. Já no que diz respeito à mobilidade reduzida, os acessos são da inteira responsabilidade da organização. Relativamente a outras áreas do ambiente, como os resíduos, Hugo Abreu referiu que a política não é tão favorável (pois não se pode por exemplo passar uma coima sobre alguém que não tenha o cuidado de colocar o lixo no sítio certo).
A PSP aposta numa política de mobilidade sustentável que se torna eficaz trazendo vantagens para uma melhor vigilância no recinto e para o ambiente.
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