No início de mais um ano escolar, e no âmbito do Projeto Rios, alunos da turma D do 7º ano de escolaridade, da Ancorensis-Cooperativa de Ensino, acompanhados por dois professores, realizaram análises à água junto à foz do rio Âncora no dia 3 de Dezembro.
A equipa contou ainda com a presença dos alunos do 12ºT, os quais fazem parte do Projeto Jovens Repórteres para o Ambiente (JRA), coordenado pela Fundação para a Educação Ambiental (FEE). Estes alunos publicam reportagens em formato de artigo, foto e vídeo e estão envolvidos na educação para o desenvolvimento sustentável, investigando os problemas ambientais e propondo soluções.
O Projeto Rios foi adaptado ao contexto nacional pela Associação Portuguesa de Educação Ambiental (ASPEA), Associação de Professores de Geografia (APG), Liga para a Proteção da Natureza (LPN) e Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP). Propõe a adoção e monitorização de um troço de rio, tendo como principal objetivo a participação social na conservação dos espaços fluviais com o fim de dar uma resposta ao problema da alteração e deterioração da qualidade dos rios.
Pela metodologia que utiliza, o Projeto Rios pretende, junto das escolas e dos seus alunos, promover a curiosidade científica e implementar o método científico experimental através da recolha e registo de informações. Foi isso mesmo que fizeram estes alunos da Ancorensis. Selecionaram um troço de 500 metros do rio Âncora, junto à sua Foz, assumindo a responsabilidade de vigiar e proteger esse espaço adotado.
Acompanhados pelos professores, começaram por recolher amostras de água e verificar a sua temperatura, salinidade, cheiro e tonalidade. Depois, preencheram um formulário de observação de espécies animais e vegetais, onde puderam encontrar, na fauna, gaivotas (Larus cachinnans), tainhas (Mugil cephalus), garças-reais (Ardea cinerea) e guarda-rios (Alcedo atthis); na flora, musgos (Bryophyta sensu stricto), acácias (Acacia spc.) que é uma espécie invasora, ervas, pinheiros (Pinus spc.), juncos (Juncus effesus), fetos reais (Osmunda regalis l.) e caniços (Phragmiles australis).
Comparativamente a anos anteriores, julga-se que há uma redução da biodiversidade nesta área devido à variação do caudal do rio e à poluição existente.
O trabalho realizado por estes pequenos investigadores não acabou por aqui. Continuará com mais saídas de campo com vista à conservação deste espaço fluvial e contará com a colaboração dos Jovens Repórteres para o Ambiente, da Ancorensis, Cooperativa de Ensino e do Município.
Jovens Repórteres para o Ambiente
(12ºT)
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