Atualmente, o tráfico ilegal de animais é cada vez mais frequente e constitui um problema que abrange todo o mundo e tem graves consequências para os ecossistemas.
Segundo uma entrevista a Tiago Carrilho, um biólogo marinho com dez anos de serviço no Jardim Zoológico de Lisboa, o tráfico de espécies tem aumentado, tendo afectado sobretudo as aves e os répteis.
O tráfico de espécies constitui a segunda maior causa da extinção de espécies no mundo, sendo que a principal causa é a destruição de habitat uma vez que ao serem retiradas do seu habitat natural já não se podem reproduzir junto da população com que vivem, e dado que a maioria dos animais transportados acabam por não sobreviver, devido às condições de transporte serem desadequadas ao animal em questão.
Este encontra-se dividido em duas vertentes. Não só capturam animais com vista a servirem de companhia, como as araras, mas também para comércio, através da extracção de peles/ossos para produzirem materiais para usufruto humano, como os tigres.
Por exemplo, entre 2009 e 2014, 180 mil elefantes foram capturados, com a finalidade de lhes ser extraído o marfim, e, vários tigres são mortos para usarem os seus ossos na medicina.
Há cerca de cinco anos, segundo o entrevistado, foram apreendidos trinta ovos de aves exóticas, num porto. O método de transporte dos ovos traficados é normalmente à cintura dos traficantes, enrolados em meias de senhora e, para os esconder e conservar a temperatura, estes levam casacos largos vestidos. Para além deste animal, muitas outras espécies são vítimas desta atividade humana.
Este tipo de tráfico tem sido combatido pelos Jardins Zoológicos, inclusive o de Lisboa, através da recolha dos animais ilegalmente transportados e a sua proteção. Um exemplo de um animal recolhido, recentemente, devido aos maus tratos que recebia foi um urso-pardo que estava incluído num circo e que agora usufrui de completo bem-estar e vive juntamente com uma população da sua espécie.
Para minimizar esta atividade comercial humana, deve-se denunciar qualquer caso suspeito, nunca nos esquecendo de pedir o certificado CITES, que é a organização internacional Comércio e Detenção de Espécies da Fauna e da Flora Selvagem Ameaçadas de Extinção, antes de comprar qualquer animal. Com este certificado pode-se ter a certeza de que a compra e venda de um dado animal são legais.
A CITES criaram em honra da vida dos animais selvagens, o Dia Internacional da Vida Selvagem.
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