Este ano celebra-se a décima edição do Rock in Rio. Num mundo onde os problemas ambientais estão na ordem do dia, um festival desta dimensão necessita de calcular os impactos que a realização do mesmo pode ter. Um festival não é feito apenas de música, existe todo um espetáculo em torno do público e, para isso acontecer, é necessária muita energia. Mas de onde será que ela provém? Ninguém melhor para o explicar que Dora Palma, uma das figuras responsáveis pela realização do festival .
Para iluminar os 80 hectares do Parque da Bela Vista é necessário uma quantidade exorbitante de energia. O Parque está preenchido com inúmeros stands que promovem a interação e o dinamismo com e entre o público, os palcos secundários com as suas luzes funcionais em consonância com o ritmo a que decorrem os concertos, a robusta tenda eletrónica, a vibrante Street Dance, a Rock Street, inspirada na Grã-Bretanha e Irlanda, com a sua roda gigante, os animados artistas de rua e o palco principal – o Palco Mundo – onde os principais artistas do cartaz atuam e onde as luzes nunca se apagam. Contudo, com tantos gastos energéticos “nem sempre o abastecimento fornecido pela rede é suficiente, daí a necessidade de recorrer à utilização de geradores”, afirma a coordenadora.
Durante a entrevista, foi percetível a grande preocupação com a eficiência energética associada ao festival de música. Deste modo, há um cuidado permanente em planear o parque de geradores para que haja menor consumo de combustível. Este ano, pela primeira vez, o Rock in Rio Lisboa vai-se submeter a uma auditoria energética, de forma a perceber aquilo que é consumido, para a melhor racionalização da energia com o intuito de aplicar práticas cada vez mais sustentáveis.
Nesta edição tão especial do Rock in Rio, há uma preocupação adicional com a sustentabilidade e a eficiência energética, com o objetivo de receber a Certificação ISO 20121. Em 2013, a edição do Rock in Rio no Rio de Janeiro, recebeu a primeira certificação do género na América Latina, no âmbito da gestão sustentável de eventos.
A saúde ambiental é hoje um dos principais focos do mundo atual originando diversas questões, algumas relacionadas com a energia e da forma como esta danifica o ambiente pela sua utilização desregrada. Num dos maiores festivais do mundo, a tremenda utilização dos recursos energéticos é um facto inquestionável devido ao seu efeito nefasto no ambiente. Por enquanto a única energia amiga do ambiente é a do público.
Grupo 3: Carlos Gonçalves, Guilherme Antunes, Raquel Lopes, Sara Cascais
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