No dia 28 de maio, no Rock in Rio Lisboa, foi entrevistada a jornalista Graça Costa Pereira, editora cultural da SIC. Este canal é responsável pelo acompanhamento de algumas iniciativas com uma vertente ambiental que se desenvolvem no recinto, como o projeto Face for Green da Sociedade Ponto Verde, que pretende incentivar os jovens a separar os resíduos e promover festivais mais verdes.
Jovens Repórteres para o Ambiente – Está ao corrente do plano de sustentabilidade do RIR?
Graça Pereira – Estou ao corrente de uma parte desse plano. Sei que desde sempre o RIR tem tido um grande interesse pela questão ambiental, que estão a trabalhar por exemplo com a Sociedade Ponto Verde e que estão interessados em melhorar as questões de sustentabilidade aqui na cidade do rock. Não só serem eles próprios o exemplo, mas também que transmitam ao público esse exemplo do que se pretende em relação ao ambiente.
JRA – Qual a sua opinião sobre a preocupação da sustentabilidade do recinto?
GP – Como qualquer cidadão que se preocupa, acho que é muito importante haver essa preocupação. Vejo por exemplo que este ano, em relação a anos anteriores, existem mais caixotes do lixo no recinto, que o recinto está muito mais limpo e muito mais cuidado ao longo do dia. Tenho feito o Rock in Rio como coordenadora na SIC, desde 2006, e tem-se visto uma evolução grande, não só na maneira como se comportam as pessoas aqui dentro, mas sobretudo na maneira como o Rock in Rio tenta ajudar as pessoas a terem um comportamento mais benéfico para o ambiente.
JRA – Durante o seu tempo de reportagem já abordou alguma temática ambiental?
GP – Fizemos ontem uma reportagem com a Sociedade Ponto Verde, pois têm uma atividade curiosa que consiste em pintar as pessoas de verde. Por vezes, para chamar a atenção das pessoas para fazerem coisas, para se interessarem por determinados assuntos que parecem mais áridos ou menos interessantes, tem de se encontrar caminhos que mais leves, e quando a Sociedade Ponto Verde está a pintar as pessoas de verde está exatamente a fazer isso, está a atrair pessoas para lhes passar uma mensagem útil através de uma forma atrativa. São esses os aspetos que já cobrimos em relação ao ambiente, nesta edição do Rock in Rio.
JRA – Nas vossas peças falam sobre a compensação das emissões, projetos sociais do Rock in Rio, comunicam isso?
GP – Não necessariamente nas peças, falamos às vezes quando estamos em direto e acrescentamos informação sobre esse assunto. Confesso que não fazemos se calhar tudo aquilo que podíamos fazer, às vezes até porque também nos falta informação. Estes assuntos requerem números, dados mais concretos, e os jornalistas também não podem inventar, portanto nem sempre nos chega a informação suficiente para também a podermos distribuir.
JRA – No dia-a-dia preocupa-se com a sustentabilidade, como por exemplo poupar energia, água ou separar resíduos?
GP – Sim, separo sempre os resíduos, nomeadamente o papel, o vidro e os plásticos. É incrível porque eu não tinha noção do quanto é que podemos acumular. Principalmente com a questão dos plásticos, quando pensamos o que acontece nos oceanos, que estão infelizmente a ser tão prejudicados por causa da enorme quantidade de plástico que produzimos e que desperdiçamos no mundo, sou incapaz de não pensar nisso no meu dia-a-dia. Portanto sim, tenho uma preocupação grande, crescente e felizmente em minha casa fazemos pelo menos isso de uma forma muito regrada, eu não deixo que ninguém falhe.
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