Este acordo foi finalmente zelado por 175 países, após as alterações climáticas serem cada vez mais evidentes de ano para ano. Esta é uma cerimónia que pretendeu dar uma resposta mundial às alterações climáticas, através de um conjunto de medidas que deverão entrar em vigor em 2020. A diminuição dos gases de efeito de estufa, é reconhecido como um dos principais objetivos ambicionados neste acordo, nomeadamente: “(a) Assegurar que o aumento da temperatura média global fique abaixo de 2°C acima dos níveis pré-industriais e prosseguir os esforços para limitar o aumento da temperatura a até 1,5°C acima dos níveis pré-industriais, reconhecendo que isto vai reduzir significativamente os riscos e impactos das alterações climáticas.” Segundo Ban Ki-Moon, Ex-Secretário Geral da ONU, “Estamos numa corrida contra o tempo, a era do consumo sem consequências acabou.”, tornando-se urgentemente não só consciencializar os países para o ato de mudança, bem como mudar os hábitos de consumo diários da população mundial.
O combate ao aquecimento global é um dos grandes desafios lançados às grandes multinacionais principalmente dos EUA e da China. A China, considerada por muitos como a “fábrica do mundo”, é o principal emissor de gases de efeito de estufa, sem esquecendo os EUA. No total, estes dois países representam 40 % do total das emissões de gases de efeito de estufa. Segundo ainda Ban Ki-Moon, o reconhecimento deste acordo por parte das duas grandes economias do mundo é um passo extremamente importante para que os outros pequenos países sigam como modelo e iniciem este processo de mudança.
Barack Obama, enquanto ainda presidente dos EUA, assinou o acordo de Paris, comprometendo-se a reduzir cerca de 26% a 28% as emissões de gases de efeito de estufa em 11 anos. Esta é uma resposta lógica para as alterações climáticas cada vez mais evidentes no território americano: a localização geográfica dos estados de litoral, com destaque para a Flórida, que constitui o grupo de países que poderá ficar submerso devido à subida do nível médio das águas do mar. Nos últimos anos, o estado da Flórida tem lutado contra as manifestações climáticas cada vez mais devastadoras, nomeadamente através de diversos projetos, que apenas prometem manter esta área costeira a salvo durante 50 anos.
No entanto, os americanos, apesar de todas as evidências, parecem não mudar os seus hábitos quotidianos: segundo um estudo realizado por Gidon Eshel, Professor de física ambiental na Universidade de Bard que se dedica ao estudo do impacto da agricultura no clima, 47% do território americano é utilizada para a produção de alimentos, em que por sua vez 70 % desse território é destinado à produção de alimentos para o gado e apenas 1% visa a produção vegetal. Estes valores irão resultar nos elevadas percentagens de metano na atmosfera, um gás extremamente potencializador para o aumento da temperatura do planeta: uma molécula de metano corresponde a 23 moléculas de dióxido de carbono.
Além disso, Donald Trump anunciou a 1 de junho de 2017 a saída dos EUA do Acordo de Paris, afirmando “Fui eleito para representar os cidadãos de Pittsburgh, não Paris”. Desde o início da sua candidatura à Casa Branca, que Donald Trump revela oposição contra as alterações climáticas utilizando a rede social Twitter para expressar a sua opinião “No leste dos Estados Unidos, esta poderá ser a véspera de ano novo mais fria de todos os tempos. Talvez possamos utilizar um pouco do bom e velho aquecimento global que atinge o nosso país”, disse. Alega ainda, que este é um acordo que irá trazer consequências bastante negativas para os EUA, nomeadamente para as grandes empresas petrolíferas e produtoras de carvão, acrescentando que o aquecimento global foi uma farsa criada pela China para prejudicar as empresas americanas.
Já na China, apesar dos elevados valores de poluição, a população parece entender a dimensão do problema, dado que os protestos são uma constante no país. A vida quotidiana da população chinesa é altamente afetada, tornando-se para muitos impossível a deslocação na rua sem a utilização de uma máscara. As grandes apostas da economia chinesa para o combate às alterações climáticas, visam a aplicação de medidas que irão de encontro ao Acordo de Paris: priorização da energia eólica e da energia solar. Atualmente a China apresenta-se como líder mundial na produção de energia solar, pretendendo cumprir o Acordo de Paris “A China compromete-se a cooperar com os membros da comunidade internacional para fazer avançar um desenvolvimento verde e livre de carbono”, referiu Hua Chunying, porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros de Pequim.
Foto retirada do site: https://veja.abril.com.br/mundo/eua-e-china-ratificam-o-acordo-do-clima-de-paris/
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