No dia nove de maio, deslocámo-nos ao Parque Natural das Serras de Aire e Candeeiros, com o intuito de estudar uma das formas de subsistência local, a agricultura.
Possuidora de uma paisagem dominada pelo calcário, é notável a ausência de cursos de água à superfície nesta região, estes existem no subsolo sendo um dos maiores reservatórios do país e estão localizados entre Rio Maior e Leiria. Para remediar a situação, foram construídas cisternas, que recolhem água proveniente de algerozes, sendo utilizada para a rega dos cultivos. O clima desta zona caracteriza-se pela variação entre condições mediterrâneas e atlânticas, existindo elevada precipitação no inverno, mas a água infiltra-se nas fraturas dos calcários faltando ao exterior, no verão existe assim pouca quantidade de água.
As populações tentam adaptar-se às condições naturais do local. E para criarem os solos aptos para a agricultura, é necessário que haja uma remoção dos fragmentos de rochas que podem ser utilizados para a construção de muros, que delimitam as terras.
Graças às condições do local, existe um tipo de terra que é resultante da dissolução dos calcários, terra rossa, mas só se localiza em zonas baixas, como vales. Os terrenos que são escassos e pobres são sujeitos à desprega e ao arroteio, tal como acontece no alto da serra.
A agricultura que é feita é de subsistência, isto é, nada é produzido a nível comercial, em grandes quantidades e as técnicas que são utilizadas para a prática desta atividade são rudimentares. As principais plantações são: milho, batata, feijão e vinhas, mas em tempos antigos, existiram plantações de tabaco.
O PNSAC destaca-se ainda pela sua riqueza em plantas autóctones, como plantas medicinais e aromáticas, como o alecrim, carrasco e a Salvia Sclareoides.
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