A exploração excessiva dos recursos hídricos tem levado à diminuição da sua distribuição, chegando ao ponto de cerca um terço da população – 2.6 Bilhões de pessoas – pertencentes a quase 400 regiões do planeta, já estarem a viver sob condições de extremo stress hídrico, segundo um relatório de 2019, do World Resources Institute (WRI), um centro de pesquisa com sede em Washington. Segundo a mesma, zonas entre o México e o Chile, áreas de África e pontos turísticos no sul da Europa e no Mediterrâneo, o nível de stress hídrico – quantia de água extraída de fontes terrestres e superficiais em comparação com o total disponível – está a atingir níveis preocupantes.
Esta escassez deve-se a um abuso de exploração da parte o Homem. A água é um recurso renovável, o que leva por vezes o Homem a pensar que nunca vai acabar, pensamento extremamente errado! O stress hídrico surge devido a uma exploração a um ritmo superior ao ritmo de reposição dessa matéria no meio, levando à falta de água doce em zonas onde há uma grande massa populacional e poucos meios para a repor.
Para que as próximas também tenham recursos deve haver uma gestão do uso dos mesmos, neste momento a Organização das Nações Unidas (ONU), prevê que até 2050, 45% da população mundial não terá a disponibilidade mínima de água necessária, ou seja, 110 litros de água per capita.
Entre 1961 e 2014, a taxa global de retirada de água, ou a quantidade de água doce extraída de fontes de água subterrâneas e superficiais, aumentou 2,5 vezes. A demanda por água para irrigar plantações mais do que dobrou no último meio século, diz o WRI, e a irrigação responde por cerca de 67% da água consumida a cada ano. As indústrias em 2014 consumiram três vezes mais água do que em 1961 e agora respondem por 21% do total de retiradas brutas. Enquanto isso, as famílias respondem por 10% das retiradas de água, o que representa um aumento de mais de seis vezes em relação a 1961. Apenas uma pequena percentagem de água retirada de fontes hidrológicas se destina à pecuária. A ONU tem vindo a tomar medidas de maneira a que esta luta possa acabar brevemente e se consiga habitar num planeta sustentável e limpo.