Alterações climáticas – a história repete-se?

Com mais de 200 réplicas de dinossauros, em trilhos ao ar livre, o Dino Parque da Lourinhã tornou-se um ponto turístico de interesse nacional e mundial, não só para os amantes de paleontologia mas também para todos os curiosos.

Há 32 anos, a descoberta acidental de um ninho de dinossauro marcou a história da Lourinhã

   Há 32 anos, com a colaboração de uma menina de apenas 3 anos, foi descoberto acidentalmente um suposto ninho de ovos de dinossauro Lourinhanosaurus antunesi. Esta descoberta abriu caminho para investigações paleontológicas, mostrando-se que a Lourinhã é um autêntico local de concentração destes animais. 

 Em parceria com o GEAL (Grupo Etnológico e Arqueológico da Lourinhã) – Museu Da Lourinhã, uma ONG (Organização Não Governamental), explora a arqueologia local a partir de descobertas de fósseis na região, contribuindo para o desenvolvimento científico. 

A investigação acerca dos hábitos, movimentos e até das cores dos dinossauros, têm vindo a aumentar nos últimos anos, existindo, no entanto, ainda muitas incertezas, dada a dificuldade de estudar espécies extintas há mais de 60 milhões de anos.

   Durante o decorrer destes milhões de anos, o planeta passou por 6 fases de extinções em massa, em que mais de 50% dos seres vivos desapareceram, podendo estar a sétima mais perto do que se possa pensar. Desde o aparecimento da vida na Terra, há cerca de 6 

As alterações climáticas, principais causadoras destas extinções, são a maior preocupação da comunidade científica. Na história do planeta, houve seis grandes extinções, sendo a primeira grande extinção, normalmente esquecida, ocorrendo um aumento do oxigénio atmosférico, sendo que as bactérias anaeróbias não conseguiram resistir ao aumento deste gás. A 2.ª, a extinção do Ordoviciano, já considerada a primeira, ocorre devido à glaciação e queda do nível do mar. Atualmente, está a ocorrer a sexta grande extinção, causada pelas drásticas alterações climáticas atuais, comentou a situação Rodrigo Veloso, guia do Parque e paleontólogo. Rodrigo comenta a possibilidade desta ‘crise climática’ ser aumentada pela grande atividade que o Homem tem vindo a desenvolver ao longo do seu aparecimento na Terra: “Nós já somos provavelmente os responsáveis pela sexta extinção em massa, e não há nada que possamos fazer”, e também adiciona “só podemos aprender com o que aconteceu no passado e perceber o que vai acontecer a seguir, mas não o podemos parar”.

Em suma, o Dino Parque torna-se um local de encontro para aqueles que pretendem compreender melhor a paleontologia e a arqueologia, fornecendo simultaneamente a oportunidade de ser voluntário no processo de preservação e estudo de fósseis, como interiorizar e aprender sobre a crise climática.

Mariana Reino, Soraia Almeida, Pedro Santos, Rony Quiteque, Dinis Cruz