A 3 de dezembro de 2018, a Associação de Estudantes da Escola Secundária Manuel Cargaleiro convocou uma reunião geral de alunos. Esta reunião tinha como objetivo sensibilizar os estudantes sobre a falta de verba do Estado para a escola, resultando na permanência de telhados constituídos por amianto/fibrocimento na escola. Criticou-se ainda a falta de funcionários. No final da reunião marcou-se uma manifestação para dia 11 de Janeiro.
Os Jovens Repórteres para o Ambiente (JRA) estiveram presentes na manifestação. De acordo com a informação recolhida, a nossa escola tem coberturas de pavilhões e de telheiros com uma área total de aproximadamente 4 mil metros2 de amianto que deveria ter sido retirado em 2005, de acordo com o Decreto-Lei nº 101/2005 de 23 de junho que proíbe a utilização/comercialização de amianto e/ou produtos que o contenham.
No entanto, 14 anos mais tarde, a instituição ainda continua com fibrocimento, com muitas das placas danificadas, agravando o risco de saúde pública. A exposição ao amianto pode causar várias doenças como asbestose, mesotelioma, cancro do pulmão e, ainda, cancro gastrointestinal.
Os alunos lutam por escolas melhores no concelho, onde ainda se encontram vários casos idênticos aos da escola em questão.
Atualmente, está a decorrer um abaixo-assinado para serem substituídos os telhados.
A Juventude Comunista Portuguesa (JCP) e a vereadora da Câmara Municipal do Seixal tiveram presentes e demonstraram o seu apoio por melhores condições deste estabelecimento de ensino.
“A escola unida jamais será vencida” foi a frase mais declamada durante a manifestação. Alunos, funcionários, professores e encarregados de educação juntaram-se a esta manifestação.
O presidente da Associação de Estudantes, Daniel Rodrigues, disse à comunicação social: ‘’Neste momento a escola está com falta de funcionários; o amianto, como em todas as escolas, está presente, incluindo a nossa; temos falta de investimento por parte do Estado e são por estes problemas que os estudantes estão aqui a reivindicar! Já morreram pessoas da escola com cancro devido ao fibrocimento, que continua a libertar partículas nocivas, (…) e eu não consigo entender como é que o governo (…) continua a permitir que haja amianto nas escolas.”
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